Usina hidrelétrica Foz do Chapecó disputa dois leilões no mês de maio
2007-02-08
O projeto da hidrelétrica Foz do Chapecó, que será implantado no rio Uruguai, entre os
municípios de Alpestre, no Rio Grande do Sul, e Águas do Chapecó, em Santa Catarina, tentará
vender energia em dois leilões que serão realizados em maio. O empreendimento está
cadastrado nos leilões do governo federal A-5 (para atender ao mercado de 2012) e no A-3
(para forcimento de energia a partir de 2010).
A usina, que terá capacidade para gerar até 855 MW (o que corresponde a cerca de 23% da
demanda média de energia do Rio Grande do Sul), havia disputado um leilão realizado em
outubro, no entanto não obteve sucesso. A hidrelétrica tem 40% de sua geração de energia
comprometida com a CPFL (uma das sócias do empreedimentos). Os outros 60% deverão ser
vendidos através de leilões. "Não contamos com a hipótese de iniciar as operações sem a
energia estar comercializada", afirma o diretor-superintendente do Consórcio Energética Foz
do Chapecó, Enio Schneider. O executivo informa que o complexo poderá gerar energia, com uma
capacidade parcial, a partir de agosto de 2010 e atingir sua capacidade máxima de fevereiro
de 2011.
O investimento na usina vem sendo reavaliado desde que ele foi idealizada. Estima-se hoje
que serão necessários cerca de R$ 2 bilhões para efetivar a hidrelétrica. Além da CPFL, são
sócias no empreednimento o Gruppo CEEE e a sociedade de propósito específico Chapecoense,
formada pro Furnas e Pentágono Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários.
O consultor da Siclo Consultoria em Energia, Paulo Milano, acredita que por ser considerado
um projeto eficiente a usina Foz do Chapecó tem grandes chances de sair vencedora no leilão
de maio. Na concorrência de outubro do ano passado os baixos preços praticados fizeram com
que a usina Foz do Chapecó não vendesse energia. A perspectiva de que ocorra um aquecimento
da economia brasileira pode fazer com que neste leilão seja verificada uma valorização da
energia.
O consultor acrescenta que a hidreletricidade ainda continua sendo a fonte de energia mais
barata, mas, como os melhores aproveitamentos já estão sendo ocupados, cada vez será mais
onerosa.
Outro ponto fundamental para a efetivação da usina Foz do Chapecó é o financiamento. Havia a
expectativa de que o Bndes apresentasse uma definição quanto ao empréstimo parta o projeto
ainda em janeiro. No entanto, conforme a assessoria de imprensa do Bndes, a questão segue
sendo analisada.
(Jornal do Comércio, 07/02/2007)
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