Uma parceria entre os Programas das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e para o Meio Ambiente (PNUMA) deve reforçar a realização de projetos que aliam a proteção ambiental ao combate à pobreza. As ações na área são, de acordo com o administrador internacional do PNUD, Kemal Dervis, essenciais para ajudar os países pobres. “Eliminar a pobreza e a fome e proteger o meio ambiente são coisas inseparáveis. É por isso que o meio ambiente deve ser uma preocupação de toda a família ONU”.
As duas agências firmaram um acordo de trabalho conjunto, na terça-feira (06/02), em Nairóbi, durante a 24ª sessão do Conselho Governamental do PNUMA. No evento, foi anunciada a realização de um programa intitulado Pobreza e Meio Ambiente, que busca ajudar os países em desenvolvimento a integrar o gerenciamento ambiental à redução da pobreza e às políticas de crescimento econômico. A iniciativa é um dos primeiros exemplos tangíveis da reforma da ONU — que busca a interação entre as agências — e terá um papel central especialmente na África e na Ásia.
“A parceria mostra a determinação do PNUD e do PNUMA de trabalharem em conjunto, não apenas no espírito da reforma da ONU, mas concretamente, com formas de apoiar os Estados-membros”, afirmou Achim Steiner, diretor-executivo do PNUMA. De acordo com as agências, o programa será desdobrado em uma série de ações em países em desenvolvimento de todas as regiões.
A primeira iniciativa será implantada em cinco países da África — Quênia, Moçambique, Tanzânia, Zâmbia e outro a ser definido. O novo projeto vai ajudar os países a aproveitarem o MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo do Protocolo de Kyoto), que permite que países desenvolvidos que não cumprirem suas metas de redução de poluentes invistam em projetos ecológicos de países em desenvolvimento. A ação, apoiada pelos governos da Espanha e da Suécia, deve se expandir futuramente para outras nações.
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Agência PNUD, 07/02/2007)