Os focos de queimadas aumentaram este mês 112% no Amazonas em relação ao mesmo período do ano passado comprometendo a qualidade do ar, principalmente em Manaus. Desde ontem a cidade está encoberta por um forte nevoeiro causado pela fumaça deslocada das queimadas, que ocorrem nas cercanias da capital e na região leste do Estado. A fumaça não consegue se dissipar devido à falta de ventos e chuvas. Mas até o momento não comprometeu, como já ocorreu no passado, as operações de pouso e decolagem no Aeroporto Internacional Eduardo Ribeiro. Flávio Natal de Oliveira, meteorologista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) do Amazonas, disse que a névoa, também chamado de bruma seca, é causado pela combinação de fatores como poluição, partículas de poeiras e baixa umidade relativa do ar, que oscila hoje em 45% a 48%. - As queimadas estão contribuindo para o aumento de poluição do ar na cidade, disse. O Ibama está fazendo o monitoramento das queimadas com o apoio do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Até o último dia 23, as imagens do satélite meteorológico NOAA 12 monitoraram 308 focos de queimadas no Amazonas contra 145 no mesmo período de 2000. O período de maior incidência das queimadas foi registrado entre os dias 19 e 20 com 79 focos. Ontem o número de queimadas caiu para oito e estão concentrados na região de Barreirinha, no médio rio Amazonas. Nessa região há muitos produtores de gado. (Agência Folha)