Encontro define bases para sistema brasileiro de alerta precoce de seca
2007-02-07
As bases para a elaboração da proposta do Sistema Brasileiro de Alerta Precoce de Seca e Desertificação (SAP) serão definidas nesta quinta e sexta-feira (8 e 9/2) em encontro no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP). Previsto para ser implantado ainda este ano, o sistema levará em conta as exigências da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (CCD) e as prioridades estabelecidas pelo Programa Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos de Seca (PAN-Brasil).
Organizado pelo Ministério do Meio Ambiente, o encontro terá participação do secretário de Recursos Hídricos do MMA, João Bosco Senra, e de especialistas de outros órgãos do governo federal e de instituições como Embaixada dos Estados Unidos, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA), Banco Mundial, Banco do Nordeste do Brasil, entre outros. Nos dois dias de trabalho, os especialistas convidados responderão sobre questões relacionadas aos riscos dos eventos críticos de precipitação, como secas e enchentes, em áreas susceptíveis à desertificação no Brasil. Falarão também sobre a atuação de cada setor (como defesa civil, climatologia, hidrologia, agricultura, recursos hídricos e demografia) a ser levada em consideração para o desenvolvimento de um Sistema de Alerta Precoce de Secas e Desertificação. Além disso, deverão indicar a forma de disseminar as informações do sistema e integrar a sociedade de forma que entenda e responda às informações.
A discussão sobre mudanças climáticas e a necessidade de desenvolver sistemas de alerta precoce para eventos climáticos extremos vem se ampliando nos últimos tempos. No Brasil existem quatro sistemas de alerta. O Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Doce, em Minas Gerais, opera desde 1997 com o objetivo de alertar 16 municípios da bacia quanto ao risco de ocorrência de enchentes.
O Programa de Monitoramento Climático em tempo Real da Região Nordeste (Proclima) é uma iniciativa conjunta da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e foi criado para monitorar a estação chuvosa na região Nordeste. É executado pelo Inpe e pelos estados da região Nordeste, de Minas Gerais e do Espírito Santo. As informações meteorológicas são integradas em tempo real.
O Centro de Operação do Sistema de Alerta da Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí-Açu (Ceops) desenvolve atividades como previsão do tempo, monitoramento dos níveis do rio e previsão hidrológica, laudos técnicos e pesquisas sobre os sistemas meteorológicos. O Sistema de Geadas do Paraná elabora previsões detalhadas, que são transferidas aos agricultores com antecedência mínima de 24 horas, para que adotem medidas de proteção de mudas do café e evitar perdas provocadas pelas baixas temperaturas.
(Ministério do Meio Ambiente, 06/02/2007)
http://www.mma.gov.br/ascom/ultimas/index.cfm?id=3112