Apesar das campanhas educativas e do trabalho dos técnicos visando conscientizar a população para o perigo que as queimadas representam, o hábito de usar fogo na vegetação continua. Como se não bastassem os efeitos negativos ao meio ambiente, pois o fogo é considerado um mau negócio para a terra e bomba de efeito retardado para o agricultor, na opinião dos técnicos agrícolas, o próprio ser humano, principalmente os usuários das estradas, corre sérios riscos de vida, porque a fumaça das queimadas contribui para o elevado índice de acidentes automobilísticos no País. A prática das queimadas, num primeiro momento, provoca até efeitos positivos na brotação da pastagem, dizem os técnicos. Ao longo do tempo, entretanto, essa vantagem é anulada, pois o solo entra num processo de decadência física sem retorno. Apresenta drástica perda de matéria orgânica, forte redução de porosidade, perde a capacidade de retenção de umidade e torna-se presa fácil de erosões. (A Tarde-24/10)