Dmae começa a avaliar ações contra gosto ruim da água
2007-02-07
O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) iniciou a avaliação dos resultados das estratégias adotadas para amenizar os efeitos das cianobactérias (popularmente chamadas algas) na água distribuída à população porto-alegrense. Segundo os técnicos do Dmae, em alguns pontos do município a população continua percebendo o efeito das cianobactérias, mas o número de reclamações, com relação ao gosto da água, para o telefone 115, diminuiu em 70% em comparação ao mês de janeiro de 2006. O fato também se deve a maior precipitação pluviométrica registrada no mesmo período.
Semanalmente a Divisão de Pesquisas analisa 14 amostras colhidas nas Estações de Tratamento para monitorar a quantidade de MIB (Metilisoborneol) e Geosmina, elementos que causam o gosto e o cheiro de terra. Já foi constatada uma redução de concentração de 40% a 60% dessas substâncias.
Entre as ações adotadas para minimizar o efeito indesejável das algas está o uso de coagulante primário (Cloreto de Poli Alumínio) em algumas estações. O produto é eficiente no processo de clarificação (remoção de cor e turbidez). O carvão ativado está sendo usado para absorver essas substâncias, e oxidantes, como Dióxido de Cloro e Peróxido de Hidrogênio, para minimizar os problemas oriundos do período de florações das algas cianofíceas ou oriundos da atividade biológica de outros microorganismos. Esses produtos químicos foram incorporados ao tratamento com o objetivo de reduzir a concentração das moléculas causadoras do gosto de terra.
A ocorrência das cianobactérias resulta do aumento da poluição dos mananciais - Lago Guaíba e seus contribuintes, rios Jacuí, Caí, Rio dos Sinos e Gravataí. A floração desses microorganismos é favorecida pelas condições climáticas típicas do verão: mais horas de incidência de sol, elevada transparência, baixa turbulência das águas, por conta da diminuição das chuvas e dos ventos e as altas temperaturas.
(Prefeitura de Porto Alegre, 06/2/2007)
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