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2007-02-06
Ao desregular os padrões meteorológicos, a mudança climática poderá ter um papel devastador nos preços do petróleo, como a queda de preços observada em janeiro, afirmam analistas de mercado.

O Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês), a maior autoridade científica da ONU sobre aquecimento do clima, publicou seu mais contundente alerta sobre o aquecimento global na sexta-feira passada. No documento, o IPCC informou que a poluição provocada pelas queima de combustíveis fósseis elevará as temperaturas neste século, intensificando as cheias, as secas, os furacões e o derretimento do gelo polar, comprometendo o sistema climático nos próximos mil anos.

O alerta não pode ser ignorado pelo mundo financeiro e comercial, particularmente pelos mercados sensíveis ao clima, como o do petróleo.

Alguns analistas já acusaram a mudança climática pela queda em janeiro de 18% nos preços do petróleo em menos de três semanas, quando temperaturas extremamente altas no hemisfério norte moderaram a demanda de petróleo para aquecimento ("heating oil").

"É difícil dizer qual será o impacto real do aquecimento global sobre a demanda", disse Bart Melek, analista da BMO Capital Markets.

Mas, "presumindo que os recentes padrões climáticos são, de fato, causados pelo aquecimento global de alguma forma, sim, nós já vimos o impacto do ano passado sobre o gás natural (...) e este ano sobre os preços do petróleo", acrescentou.

Segundo analistas da Natixs, se a mudança climática perdurar, e poucos cientistas a consideram algo passageiro, ela se tornará um imprevisto permanente.

No próximo verão, por exemplo, durante a temporada de férias e com os ares-condicionados ligados a todo vapor, deve haver um aumento de pressão no aumento dos preços do petróleo.

No outono, haverá preocupações sobre grandes tempestades e furacões que poderão afetar as redes de abastecimento no Golfo do México, por exemplo. Portanto, a mudança climática parece injetar volatilidade nos mercados.

O IPCC prevê uma maior intensidade da atividade de furacões no Atlântico Norte à medida que as temperaturas se elevarem.

Os investidores, por sua vez, já sentiram o gosto amargo destes efeitos. No fim de agosto de 2005, quando o furacão Katrina devastou Nova Orleans e outras regiões ao longo da costa do Golfo, foram registrados danos em muitas plataformas de petróleo americanas que ajudaram a elevar os preços do combustível acima dos 70 dólares o barril pela primeira vez desde os anos 1970.

Um clima errático "poderia adicionar muita volatilidade por causa desta flutuação dos padrões. Se o clima é errático, também o serão a demanda e os preços", disse Melek.

Mas, o maior impacto poderá ser sentido dentro de 10 a 20 anos, quando os países que mais consomem energia tiverem migrado para fontes alternativas de energia, alertou James Williams, da WTRG Energy.

Mas "para fazer mudanças no consumo americano de petróleo é preciso quase mudar a sociedade", disse, ressaltando que parte da dependência americana em automóveis pode ser explicada pelo tamanho do país e pelas distâncias que as pessoas precisam percorrer.

"Eu não vi qualquer evidência nos Estados Unidos de uma política energética desde os anos 1970. A política energética tem sido oferecer uma gasolina barata", afirmou.

Finalmente, afirmou: "a melhor coisa para alcançar (um consumo menor de petróleo) seria o petróleo custar 150 dólares o barril".
(AFP, 05/2/2007)
http://noticias.uol.com.br/ultnot/index7.jhtm

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