O grupo ambientalista Greenpeace divulga hoje relatório no qual reúne depoimentos de 41 grupos mundiais - exportadores, processadores e comerciantes - contrários ao plantio de arroz geneticamente modificado.
Intitulado "Colapso na indústria de arroz", o relatório traz depoimentos coletados por e-mail confirmando intenções do setor de não aderir à variedade transgênica. Sem citar dados precisos, o documento analisa as implicações econômicas provocadas pela contaminação de arroz transgênico dos EUA nos estoques globais em 2006, grãos esses produzidos pela Bayer CropScience.
A descoberta da presença da variedade LL 601 levou a União Européia a suspender temporariamente as importações de arroz americano e culminou com uma ação dos produtores dos EUA contra a multinacional. O Greenpeace, citando especialistas, calcula que as exportações americanas de arroz devam cair até 16% na safra 2006/07 como consequência dos incidentes.
"Ainda não temos números, mas sabemos que houve prejuízos", diz Adam Levitt, advogado que representa os produtores americanos de arroz na ação contra a Bayer. Eles alegam perdas com o embargo da União Européia e Rússia após o incidente - a safra de arroz nos EUA sofreu fortes prejuízos também com a quebra de safra devido ao clima. O caso aguarda decisão da Justiça.
(
Valor Econômico, 06/02/2007)