Mudanças no clima podem gerar impactos na agricultura no Centro-Oeste
2007-02-05
As regiões tropicais e sub-tropicais devem ser as mais afetadas, a longo prazo, por mudanças climáticas como o aumento da temperatura global. Os países em desenvolvimento devem ser os mais vulneráveis às alterações devido à baixa capitalização de suas economias e à predominância de atividades agrícolas.
As conclusões estão no estudo "Mudanças do Clima", publicado pelo Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE), da Presidência da República. A publicação constata que há reduzida quantidade de estudos que avaliam os impactos das alterações climáticas de longo prazo na agricultura brasileira.
Porém, com os dados disponíveis é possível dizer que “o impacto da mudança do clima seria negativo para a agricultura brasileira, sobretudo para a região Centro-Oeste onde predominam os cerrados, enquanto a região Sul seria moderadamente beneficiada pelo aquecimento”.
A publicação aponta a importância de pesquisar para, na medida do possível, prever possíveis alterações na produtividade agrícola causadas pelo efeito combinado de elevadas concentrações de gás carbônico (CO2), temperatura e precipitação. “Crescentes concentrações atmosféricas de CO2 terão efeitos importantes sobre a produção vegetal, pecuária e recursos naturais do planeta”, afirma o texto.
Na área hídrica, o estudo recomenda aprimorar a revisão metereológica de médio e longo prazos a fim de adaptar as atividades agrícolas à variabilidade do clima. Entre as medidas sugeridas estão desenvolver novas variedades que possam ser utilizadas em caso de diminuição de oferta de água no intervalo de crescimento das plantas, detectar com antecedência a necessidade de técnicas de irrigação em regiões onde hoje não são necessárias para diversas culturas.
(Por Yara Aquino, Agência Brasil, 02/02/2007)
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2007/02/02/materia.2007-02-02.4697643826/view