A ativação, desde sábado (03/02), da primeira turbina da Usina Hidrelétrica Campos Novos marca o início da operação comercial do empreendimento, considerado o maior em implantação no Estado de Santa Catarina.
Com a primeira máquina funcionando, serão colocados 293,3 megawatts no Sistema Interligado Nacional. As outras duas unidades de geração, assim como a primeira, terão, cada uma, potência máxima instalada de 293,3 megawatts e devem entrar em funcionamento, respectivamente, 30 e 60 dias após a primeira.
Quando a terceira unidade estiver ativada, a usina alcançará a potência prevista de 880 megawatts, capacidade suficiente para atender cerca de 25% da demanda catarinense. A concessão da usina foi obtida, em leilão, pela Enercan, empresa cujos acionistas são a CPFL - Geração, a Votorantim e a CEEE.
Erguida no rio Canoas, entre os municípios de Campos Novos e Celso Ramos, a implantação do canteiro de obras da usina iniciou em agosto de 2001 e empregou, cerca de 2,5 mil pessoas. Os investimentos chegam a R$ 1,5 bilhão.
A barragem da usina Campos Novos é a terceira mais alta do mundo - do tipo enrocamento com face de concreto - com 202 metros de altura e comprimento de crista de 592 metros. A área inundada pelo reservatório é de apenas 25,9 quilômetros quadrados que, somados à calha natural do rio formam área total de 34,6 quilômetros quadrados, atingindo quatro municípios: Campos Novos, Celso Ramos, Anita Garibaldi e Abdon Batista.
Empresa implanta projeto ambiental
Para preservar o patrimônio ambiental, a Enercan desenvolveu o Projeto Básico Ambiental (PBA) implementado paralelamente à construção do empreendimento.
O PBA contempla a compensação de todos os eventuais impactos ambientais causados por obras desse porte e, no caso da usina de Campos Novos, é integrado por 16 programas específicos.
Dentre os projetos, destacam-se o de educação ambiental, preservação e salvamento das espécies animais e vegetais - por intermédio da criação de viveiros e da plantação de mais de 240 mil mudas nativas no entorno do reservatório, - remanejamento e indenização das famílias, resgate histórico e cultural dos municípios que possuem áreas atingidas pelo empreendimento, implantação de uma unidade de conservação e desenvolvimento de um Plano de Conservação Ambiental e Uso do Entorno do Reservatório (PCAU). A aplicação do PCAU, possibilita o desenvolvimento de programas turísticos.
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Diário Catarinense, 03/02/2007)