A Petrobras já obteve da Prefeitura de Itaboraí (RJ) uma certidão reconhecendo que o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), obra inserida no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), será instalado em uma Zona Estritamente Industrial (ZEI).
O documento é pré-requisito para o início do processo de licenciamento ambiental junto às autoridades estaduais, que deverá ser novamente discutido em reunião marcada para o próximo dia 12, com representantes de todos os órgãos e empresas envolvidos.
O Comperj deverá produzir anualmente 1,3 milhão de toneladas de eteno, 900 mil toneladas de propeno, 360 mil toneladas de benzeno e 700 mil toneladas de p-xileno, além de derivados de petróleo, principalmente coque.
Durante as obras de construção, a estimativa da Petrobras é de que sejam criados 212 mil empregos (diretos e indiretos). Na fase de implantação das empresas de segunda geração, deverão ser incorporados outros 200 mil empregos.
Os investimentos estimados inicialmente no Comperj serão de cerca de US$ 6,5 bilhões, volume que poderá chegar a cerca de US$ 8,5 bilhões quando forem agregadas ao projeto as cerca de 200 indústrias de transformação que integração o complexo, já considerado o maior empreendimento industrial das últimas décadas no Brasil e um dos maiores do mundo no setor petroquímico.
Em operação, o Comperj terá capacidade para processar 150 mil barris por dia de petróleo pesado proveniente da Bacia de Campos e produzir matéria-prima petroquímica e derivados. Nele a Petrobras e seus parceiros vão implantar a Unidade Petroquímica Básica (central petroquímica de primeira geração), com investimentos totais estimados em US$ 3,5 bilhões, destinados à produção de matérias-primas básicas (eteno, propeno, benzeno e paraxileno).
O uso do petróleo pesado produzido no Brasil como insumo para gerar produtos petroquímicos, em substituição à nafta – que ainda é, em parte, importada – poderá gerar uma economia de mais de US$ 2 bilhões por ano em divisas.
(Por Nielmar de Oliveira, Agência Brasil, 02/02/2007)