Programa Prioritário de Termelétricas impôs perda de US$ 1 bilhão à Petrobras, diz diretor
2007-02-01
O Programa Prioritário de Termelétricas (PPT) impôs à Petrobras perdas de US$ 1 bilhão nos últimos quatro anos, informou o diretor de Gás e Energia da estatal, Ildo Sauer.
O programa, criado no governo Fernando Henrique Cardoso, previa a implantação de usinas termelétricas em caráter emergencial e, segundo Sauer, a solução encontrada pela Petrobras, de comprar usinas construídas em parceria com a iniciativa privada, evitou perdas ainda maiores.
"Esses negócios termelétricos do passado impuseram perdas que chegariam a US$ 2 bilhões se não fosse implementado um processo de renegociação com as empresas", disse Sauer.
As perdas, explicou, ocorreram devido ao modelo adotado para as parcerias e que levou a Petrobras a ficar, sozinha, com 11 das 12 usinas construídas no âmbito do programa. O diretor garantiu que os diversos contenciosos foram praticamente encerrados: "Nós estamos agora finalizando a compra da Usina Fernando Gasparian, feita em sociedade com uma empresa do governo paulista. É o último esqueleto no armário".
Juntas as 12 termelétricas possuem capacidade de geração de cerca de 4 mil megawatts de energia. A Petrobras está comercializando no mercado livre a energia excedente, de acordo com as normas fixadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O diretor participou hoje (31), em Macaé (RJ), da solenidade de renomeação da usina termelétrica local, movida a gás natural. O novo nome é Usina Termelétrica Mário Lago, em homenagem ao ator, compositor e escritor que morreu em 2002. Trata-se da segunda maior usina do parque gerador da Petrobras, com localização estratégica para aproveitamento do gás produzido na Bacia de Campos, no norte fluminense.
(Por Nielmar de Oliveira, Agência Brasil, 31/01/2007)
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2007/01/31/materia.2007-01-31.7923527651/view