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2007-02-01
Dois lagartos raros, do grupo Squamata, encontrados normalmente nos Andes, foram descobertos por pesquisadores brasileiros, nos parques nacionais Grande Sertão Veredas, no Noroeste de Minas Gerais, e Serra das Confusões, no Sul do Piauí, em áreas em que não se esperava encontrar esse tipo de réptil.

As novas espécies, que acabam de ser reconhecidas pela ciência, com a publicação dos estudos este mês no South American Journal of Herpetology, da Sociedade Brasileira de Herpetologia, foram achadas em regiões chamadas carrascos – savana muito densa, seca, quase como uma floresta, no topo de chapadas.

“Os lagartos – Stenocercus quinarius, de Minas, e Stenocercus squarrosus, do Piauí, – vivem num ambiente muito restrito, normalmente rico em espécies endêmicas. O carrasco tem característica de vegetação bem diferente do cerrado e da caatinga, e guarda informações biológicas muito antigas e únicas. Nosso trabalho foi descrever as novas espécies, mas, se aprofundarmos nos estudos, poderíamos até descobrir há quanto tempo vivem ali e como foi seu processo de evolução”, explica o biólogo e herpetólogo Cristiano Nogueira, doutor em ecologia e analista de biodiversidade do cerrado da organização não-governamental Conservação Internacional (CI), que descreveu os novos répteis, em parceria com o zoólogo Miguel Trefaut Rodrigues professor do Departamento de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP).

“A importância do trabalho está nas possibilidades de se poder traçar, no futuro, a história da vida evolutiva desses répteis e tentar desvendar como foram as transformações no ambiente em que foram encontrados. Isso nos permite entender as linhagens mais antigas dos animais, de outros períodos na Terra e como foi sua evolução”, complementa. Os novos lagartos Stenocercus de Minas e Piauí têm cerca de 14cm de comprimento até a cauda, cabeça triangular com protuberâncias que lembram animais pré-históricos em miniatura e vivem em troncos de árvores. “As escamas são de cores neutras, pois eles precisam se camuflar para escapar de seus predadores, a maioria aves de rapina, como pequenos gaviões, e também siriemas e serpentes. Os lagartos, por sua vez, têm dieta à base de cupins e formigas”, comenta Nogueira.

Inventário
Os Stenocercus quinarius, de Minas, e Stenocercus squarrosus, do Piauí, são as primeiras espécies descritas entre as várias apontadas pelo maior inventário feito no cerrado brasileiro sobre a biodiversidade do grupo de répteis Squamata, que inclui lagartos, serpentes e anfisbenas, como são chamadas as cobras de duas cabeças. Eles foram encontrados durante trabalho de Cristiano Nogueira para o curso de doutorado em ecologia da USP. O pesquisador conseguiu inventariar 253 répteis Squamata do cerrado, depois de percorrer mais de 30 mil quilômetros, em 10 estados, ao longo de sete anos, e da coleta de mais de 1,5 mil espécimes em campo.

“Isso nos prova que a biodiversidade do cerrado é mais rica do que se pensava. Esse tipo de trabalho é de extrema importância, ainda mais em área pouco estudada. Sem essas pesquisas, não saberemos o que estamos protegendo, nem o que está sendo perdido em termos de biodiversidade”, diz o analista da CI. De acordo com dados da ONG, o cerrado, que tem taxa de desmatamento de 2,6 campos de futebol por minuto, é considerado hotspot mundial, como são definidas as regiões com maior diversidade biológica e mais ameaçadas do mundo.
(Por Cristiana Andrade, Estado de Minas, 01/02/2007)
http://www.uai.com.br/uai/noticias/agora/local/288759.html

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