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2007-02-01
A indústria de plantas ornamentais e animais de estimação é a principal responsável pela disseminação de espécies exóticas invasoras. Com o objetivo de criar uma barreira à introdução e distribuição de plantas e animais que não pertencem à flora e fauna locais, a The Nature Conservancy (TNC), em parceria com diversas instituições, lança dois Códigos de Conduta Voluntários - um para os setores de plantas ornamentais e o outro para os setores de animais de estimação.

A iniciativa, inédita, busca o apoio de paisagistas e veterinários no controle da disseminação de invasoras, além de conscientizar a população sobre os impactos causados à natureza pela soltura de animais de estimação e pelo cultivo de plantas ornamentais, fazendo-as compreender o seu papel na preservação do meio ambiente.

Os códigos foram pensados a partir de um levantamento nacional sobre espécies exóticas invasoras, realizado pela The Nature Conservancy e pelo Instituto Hórus, que mostrou, por exemplo, que 21,8% das espécies exóticas invasoras de plantas que foram introduzidas intencionalmente no país têm causa no uso ornamental. O cultivo, criação, comercialização e distribuição de plantas ornamentais e animais de estimação são práticas diretamente relacionadas à disseminação de espécies da flora e fauna ao redor do planeta.

"Muitas vezes belas plantas ou bichinhos encantadores podem trazer sérios problemas se forem parar na natureza. Profissionais bem preparados podem não somente reduzir o comércio e utilização dessas espécies, como também convidar a população a fazer a sua parte", comenta Silvia Ziller, coordenadora do Programa de Espécies Exóticas Invasoras para a América do Sul.

Riscos à biodiversidade
As ações do homem vêm mudando drasticamente a distribuição das espécies no planeta, causando não apenas impactos econômicos e sobre a saúde humana, mas também impactos ecológicos, como a descaracterização de ecossistemas e a extinção de espécies. Os números são alarmantes: estimativas revelam que mais um terço das extinções de espécies nos últimos 400 anos foram causadas por animais, plantas e pragas exóticas invasoras.

À medida que ocupam o espaço de espécies nativas e modificam a dinâmica de ambientes naturais, podem causar vários prejuízos, mas seus riscos ainda são desconhecidos de grande parte da população, que ignora os perigos relacionados à soltura de animais de estimação na natureza e ao cultivo de plantas exóticas invasoras como ornamentais, como a trepadeira madressilva (Lonicera japonica), o cágado tigre-d'água (Trachemys scripta e T. dorbigni) e a paina ou capim-dos-pampas (Cortaderia selloana).

A perda de habitat das espécies nativas, a competição por alimento, a predação e a descaracterização dos ciclos ecológicos naturais são alguns dos mais freqüentes impactos causados por espécies exóticas invasoras. Não há uma avaliação para o prejuízo causado pelas espécies exóticas invasoras nos recursos naturais do Brasil (solo, água, ar, paisagem etc), mas para a agricultura e a saúde humana, este custo está estimado em US$50 bilhões por ano.

Os Códigos de Conduta Voluntários
O trabalho de conscientização que já vem sendo feito pela TNC passou, em pouco tempo, a contar com o apoio de veterinários e paisagistas, já que a demanda por animais de estimação e plantas ornamentais é muito grande. A conscientização nos pontos de venda e distribuição destas espécies é um meio efetivo de controle da disseminação das mesmas. Esse trabalho culminou com a criação dos Códigos de Conduta Voluntários, que são um conjunto de regras sobre práticas éticas e responsáveis propostas para promover a tomada de consciência sobre o risco do uso e disseminação de espécies exóticas invasoras, valorizando o trabalho de indivíduos ou empresas que se preocupam em desempenhar seu trabalho respeitando preceitos sociais e ambientais, além dos econômicos, fundamentando-se na responsabilidade ambiental.

Um dos principais objetivos destes documentos é criar uma barreira à introdução e distribuição de plantas reconhecidamente ou potencialmente invasoras por meio da realização de análises de risco que, baseada nas características biológicas e ecológicas das espécies, pode prever quais espécies têm tendência a se tornar problemas ambientais ou configurar riscos à saúde humana.

Podem aderir aos respectivos Códigos de Conduta Voluntários pessoas e instituições interessadas em contribuir com o combate a espécies exóticas invasoras e com a promoção do uso de espécies nativas dos ecossistemas brasileiros. Quem adere aos Códigos deve desenvolver um plano de trabalho onde estarão listados os compromissos e as metas assumidas.

Os parceiros
São parceiros nesta iniciativa a Associação Paranaense de Paisagismo e Jardinagem, o Laboratório de Paisagismo da Universidade Federal do Paraná, a Coordenação Geral de Fauna do Ibama, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), a Clínica de Vida Livre, Cinemática Produções e Publicidade, o Grupo Fowler e os cursos de Medicina Veterinária e Ciências Biológicas da Universidade Tuiuti do Paraná.
(Por Marcela Ayabe, LEAD Comunicação para TNC, 31/01/2007)

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