Ações prioritárias de preservação da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos foram definidas ontem (29/01), em reunião entre prefeitos da região e representantes da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema). Uma das medidas propostas é a divisão da bacia em cinco microrregiões, que abrangem população de 1,2 milhão de pessoas. A intenção é fazer com que um grupo de municípios fique responsável por uma das zonas, estabelecendo trabalho conjunto para reverter o quadro ambiental crítico.

Os trechos, que incluem as 22 cidades com maior área e maior população na bacia, ficarão divididos de Canoas a São Leopoldo, no trecho 1; de Portão a Campo Bom, no trecho 2; de Parobé a Taquara, no trecho 3; de Igrejinha a Canela, no trecho 4; e de Taquara a Caraá, no trecho 5. 'Com a divisão, os municípios assumirão compromisso maior e isso facilitará a fiscalização integrada. É fundamental levar em consideração as realidades diferentes de cada microrregião', ressaltou a titular da Sema, Vera Callegaro.

Conter as extrações minerais que ampliam a degradação, retirar o lixo acumulado nas águas e fiscalizar a pesca predatória são algumas das ações que integram o relatório produzido pela força-tarefa formada após o episódio de mortandade de peixes, em outubro do ano passado. O enfrentamento da questão dos esgotos sem tratamento também foi apontado como urgente durante o encontro. Conforme o diretor-presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Renato Lauri Breunig, o setor produtivo é responsável por 11% da poluição do Rio dos Sinos, enquanto o esgoto doméstico representa 89%. 'Ou atacamos de frente o problema dos esgotos, sem deixar de fiscalizar as empresas, ou não resolveremos o problema do rio', afirmou.

A reunião ocorreu no barco Martin Pescador, em São Leopoldo. Após a discussão das propostas, a embarcação percorreu um trecho do rio para que os prefeitos verificassem a situação preocupante da bacia.
(Correio do Povo, 30/01/2007)
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