Conselho de Meio Ambiente de Pelotas discute mortandade de peixes
2007-01-30
O Conselho Municipal de Proteção Ambiental (Compam) realizou ontem (29) reunião ordinária a fim de tratar sobre questões ambientais como a mortandade de peixes nos arroios Fragata e Moreira, ocorrido na divisa entre Pelotas e Capão do Leão.
Conforme o presidente do Compam, Antônio Soler, o órgão deliberou alguns encaminhamentos à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) solicitando informações sobre as atividades econômicas e os licenciamentos ambientais de empresas e pessoas físicas que mantém negócios ao redor do local onde ocorreu o desastre ambiental. “Foram pedidas também as cópias dos laudos já feitos pela Fepam assim como os que o Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas (Sanep) expede em relação aos pontos de coleta periódica das águas para observar a qualidade delas”, disse.
Soler afirmou que esta situação poderia ser evitada. “Alguns conselheiros do Compam acreditam que o órgão competente deve monitorar as licenças emitidas e em caso de irregularidade procurar saná-las o mais rápido possível”, disse.
Arborização urbana
No encontro de ontem, iniciou-se a discussão quanto à aprovação de resolução que visa à criação de uma Câmara Técnica permanente e específica para tratar sobre a arborização urbana em Pelotas. Segundo o titular da Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA), Leonardo Cardoso, a demora na aprovação do documento (em análise pela SQA desde 2006) se deve ao fato da necessidade de alguns ajustes em seu conteúdo. “Espera-se que após um consenso entre a SQA e o Compam tudo se acerte. Temos a esperança de desta forma compensar o déficit verde hoje existente em Pelotas”, afirmou.
Antônio Soler comentou que o objetivo da resolução é a ação de plantio e diminuição do corte de árvores no espaço urbano. “A cidade é muito pobre quanto ao número de árvores e esta é uma questão há muito tempo já tratada dentro do Conselho. Em Pelotas deveria haver cerca de 20 metros quadrados de área verde por habitante, no entanto, o cenário é de apenas quatro”, disse.
Conforme Leonardo Cardoso, com a finalidade de melhorar este cenário, o projeto da Prefeitura é, até 2008, realizar o plantio ordenado de dez a 15 mil mudas de árvores. “Primeiro vamos tirar as árvores que correm o risco de queda e podar as que não têm. Tudo isso para depois, a partir do Plano Diretor, renovar os ambientes públicos, como ruas e praças”, explicou.
(Diário de Pelotas, 30/1/2007)
www.diariodepelotas.com.br