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2007-01-29
A geração distribuída de energia e a utilização de biomassa nesta geração são instrumentos importantes para evitar uma crise de abastecimento no médio prazo no Brasil. A afirmação foi feita por Luiz Otávio Koblitz, fundador e presidente da Koblitz, empresa que elabora projetos de geração de energia alternativa. Segundo ele, a implementação de usinas descentralizadas e/ou de biomassa levam muito menos tempo que uma hidrelétrica, podendo ser utilizadas no equilíbrio do planejamento energético brasileiro, podendo representar até 40% das novas necessidades de energia que devem surgir no País nos próximos anos, reduzindo a possibilidade de outro "apagão".

Koblitz afirmou que a geração distribuída pode representar de 30% a 40% das novas necessidades energéticas que devem surgir no Brasil com o crescimento econômico, mas ela sozinha não resolverá esta nova demanda. "A geração distribuída traz muitas vantagens, entre elas a economia gerada pela ausência da necessidade de construção de grandes linhas de distribuição. As perdas de energia com distribuição neste campo são pequenas porque a geração está descentralizada. O número de empregos gerados também é maior", disse.

Neste processo, o uso de biomassa é estratégico, segundo ele. "A biomassa está ligada ao verde, à agricultura, e nesse ponto o Brasil é privilegiado. Hoje, o Brasil pode obter grandes quantidades de energia com biomassa sem plantar absolutamente nada.", disse. Koblitz informou que existem hoje 10 mil MW (megawatts) médios para ser retirado apenas das usinas de açúcar e álcool sem plantar nova cana. "Para se ter uma média, o consumo do Brasil em 2006 foi perto de 50 mil MW médios. Veja, 10 mil MW médios representam 20% da energia consumida no país hoje.", afirmou.

Nas contas do executivo, apenas na cana brasileira, com o processamento do bagaço, estão 20% de toda energia necessária para o País. "Como precisamos de cerca de 5% a 6% de energia a mais por ano dentro das expectativas atuais de crescimento econômico, esta cana já plantada conseguiria manter o crescimento brasileiro por 4 anos. Isto sem falar na biomassa existente nas madeireiras, aquelas respeitáveis que trabalham com madeira renovável ou com plano de manejo florestal, e também casca de arroz em menor escala. Há uma grande quantidade de biomassa a ser aproveitada hoje sem nenhum plantio novo".

Vantagens - Entre as vantagens da utilização de biomassa, a principal destacada é a ambiental, já que a matéria-prima é renovável, vem da cana, do arroz, da madeira. Outra vantagem, tratando-se da cana, é que esta cultura está bem distribuída no País, principalmente em locais de grande consumo energético, como São Paulo, sul de Minas Gerais, norte do Paraná e litoral do Nordeste, o que torna desnecessário a construção de grandes linhas de distribuição.

Os equipamentos utilizados para transformar biomassa em energia são fabricados no Brasil. Não há importação e ainda há os ganhos que podem ser gerados pela exportação dos créditos de carbono, por essa ser uma energia limpa, afirmou Koblitz. Outra vantagem é a rapidez em que estas usinas ficam prontas. "Uma vez definidos, estes projetos ficam prontos no máximo em dois anos, que é um tempo relativamente curto comparado com o período de construção de uma grande hidrelétrica", disse. Koblitz lembrou que também existem as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), que são hidrelétricas com capacidade para gerar até 30 MW.

Atualmente, as usinas de açúcar e álcool já geram para consumo próprio cerca de 3% da energia consumida no País, em torno de 1.500 MW médios. Também geram excedentes para vender em torno de 1.000 MW. Outras fontes descentralizadas geram em torno de 1.000 MW, o que totaliza 3.500 MW. Segundo Koblitz, enquanto o preço da energia elétrica girar em torno de US$ 70 por MW no médio prazo, podendo atingir picos de US$ 80, o preço da energia de biomassa como média deve ficar em torno de US$ 60, abaixo do preço da gerada pelas hidrelétricas.
(Por Eduardo Magossi, Estadão Onlin, 27/01/2007)
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