Instituições ambientais se unem para criar padrão para relatórios sobre riscos climáticos
2007-01-29
O World Economic Forum anunciou a criação de uma nova parceria internacional para a criação de um padrão para relatórios corporativos sobre riscos climáticos. A iniciativa, que terá o nome de Conselho de Padrões para Divulgações Climáticas (Climate Disclosure Standards Board - CDSB), contará com a participação de sete organizações internacionais: o California Climate Action Registry, Carbon Disclosure Project, Ceres, The Climate Group, International Emissions Trading Association, World Economic Forum Global Greenhouse Gas Register e o World Resources Institute.
As Organizações membros do CDSB concordaram em alinhar as informações básicas que solicitarão às empresas para assegurar a divulgação padronizada de relatórios ambientais. Desse modo, facilitam a análise comparativa de dados por parte de investidores, gestores e do público em geral. O foco será a divulgação dos principais assuntos do clima em demonstrações corporativas:
- Total de emissões
- Avaliação dos riscos físicos de mudanças climáticas
- Avaliação dos riscos regulatórios de mudanças climáticas
- Análise estratégica de gestão de emissões e riscos climáticos.
Embora tenhamos avançado muito nos últimos anos no tocante à conscientização da transparência ambiental entre as empresas, seus conselhos e investidores, as informações continuam sendo publicadas nos relatórios anuais sem padronização, e consequentemente de difícil comparação.
“Estruturas padronizadas de divulgação geram uma melhor compreensão do cenário e permitem aos gestores uma alocação mais eficiente de capital”, disse Richard Samans, Diretor do World Economic Forum. “Estamos felizes de participar desse esforço inovador para estabelecer uma estrutura para a divulgação ambiental, que deverá facilitar a vida das empresas e dos investidores. É um bom exemplo da liderança do setor privado e da sociedade civil, diante de um desafio global muito importante."
Jorma Ollila, Presidente, Royal Dutch/Shell Group, disse: “Um esforço para alinhar o crescente volume de exigências feitas às empresas e de melhorar a objetividade na divulgação de informações sobre o clima é bem vindo.”
“As mudanças climáticas e seus efeitos nos processos e divulgação de empresas finalmente recebem a atenção que merecem. Ernst & Young e PricewaterhouseCoopers são animados com esse diálogo e são participantes ativos nesse processo”, disse Paul Ostling, CEO Global da Ernst & Young e Willem Brocker, Sócio Gerente Global da PricewaterhouseCoopers.
“Participamos dessa iniciativa com muito orgulho. Acreditamos que é tempestiva e pode melhorar o padrão da divulgação voluntária de carbono criada pelo Projeto de Divulgação de Carbono – em nome de 225 investidores institucionais com US$ 31 trilhões em ativos e envolvimento em 2.100 empresas – criando um processo formal de divulgação,” disse o Presidente do Projeto de Divulgação de Carbono, James Cameron.
Jim Rodgers, Presidente e CEO, Duke Energy Corporation, disse: “Está na hora de melhorar a divulgação corporativa de relatórios sobre emissões de gás carbônico. A adoção desse padrão é fundamental para enfrentar a questão do clima.”
Um conselho será formado de empresas de serviços financeiros e contabilidade, indústrias e outros envolvidos. Para preparar os trabalhos, os membros do CDSB se reuniram em Davos com representantes da Alcan; American International Group; Capital Group; Duke Energy Corporation; Ernst and Young; Royal Dutch/Shell; JP Morgan Chase; PricewaterhouseCoopers; SUN Group; Swiss Re and Tokyo Electric Power além do Ministro do Meio Ambiente do Reino Unido, Ministro Milliband; Presidente da Assembléia de Califórnia, Fabian Nunez; e o Diretor do Programa para o Meio Ambiente das Nações Unidas, Achim Steiner.
“Essa iniciativa é um passo importante para melhorar e padronizar divulgações de empresas sobre os riscos e oportunidades de mudanças climáticas, baseado em novas regras, impactos físicos ou maior demanda global por produtos com tecnologias limpas”, disse Mindy S. Lubber, Presidente da Ceres, que dirige uma rede de investidores representando US$ 3,7 trilhões, focados nos impactos corporativos de mudanças climáticas. “A Ceres se prepara para colaborar com investidores americanos e desenvolver melhores ferramentas para avaliar e analisar a exposição corporativa às mudanças no clima.”
(Assessoria de Imprensa do World Economic Forum, 26/01/2007)
http://www.carbonobrasil.com/