(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2007-01-29
Um relatório preliminar da ONU que prevê uma grande elevação nas temperaturas este século deve aumentar ainda mais o debate sobre se o mundo está ou não diante de um aquecimento global perigoso, disseram especialistas na sexta-feira, 26. O levantamento, elaborado por 2.500 cientistas e que deve ser divulgado em Paris no dia 2 de fevereiro, deve advertir sobre a ocorrência maior de ondas de calor, enchentes, secas e sobre a elevação do nível do mar, devido à emissão de chamados gases-estufa, principalmente pela queima de combustíveis fósseis, afirmaram fontes científicas.

Líderes do mundo inteiro, incluindo o então presidente dos Estados Unidos, George H. Bush (o pai), assinaram a Convenção Climática da ONU, em 1992, no Rio de Janeiro, com o objetivo de estabilizar as emissões desse tipo de gás em níveis que evitassem "a interferência (humana) perigosa no sistema climático". Mas o texto não definiu o que queria dizer com "perigosa". "O novo relatório deve aumentar o debate" entre os cientistas e a mídia, disse Jan Corfee-Morlot, que comanda os trabalhos sobre as alterações climáticas na OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico).

"Para os políticos, a questão de o que é perigoso não faz parte formalmente da agenda de negociação, mas está no contexto." O Painel Intergovernamental da ONU sobre Alterações Climáticas (IPCC) deve prever um aumento de 2º C a 4,5º C até 2100 em relação aos níveis da era pré-industrial, disseram fontes da área. É uma faixa menor que a do relatório anterior do IPCC, que ia de 1,4º C a 5,8º C. Desde 1900, as temperaturas subiram 0,6º C.

Também haverá boas notícias. O relatório vai revisar para baixo a previsão da elevação do nível do mar. A previsão inicial para este século era de entre 9 cm e 88 cm, e agora será de menos de meio metro. A União Européia (UE) e muitos grupos ambientais querem que o mundo limite o aumento das temperaturas em 2º C acima dos níveis pré-industriais, alegando que esse aumento já provocaria mudanças perigosas na natureza, como a ocorrência de mais ondas de calor.

"O IPCC não tem como dizer o que é perigoso, porque isso é uma avaliação política," disse Bert Metz, especialista em clima da Agência de Avaliação Ambiental Holandesa. "Mas ele dá os ingredientes aos políticos para que eles tirem conclusões ... como a UE já fez." Para Corfee-Morlot, talvez seja mais fácil determinar metas de concentração de dióxido de carbono ou de elevação da temperatura que definir marcos de perigo.

Os povos inuit (esquimós), por exemplo, dizem que o degelo do Ártico já é "perigoso" para sua cultura, baseada na caça, mas a Rússia pode se beneficiar de um leve aumento na temperatura, na agricultura e na redução das mortes causadas pelo frio. Há quem ache que o risco está sendo alvo de exagero. "Não acho que o IPCC vá refletir o senso de catástrofe que se acumulou no debate sobre a alteração climática", disse Bjorn Lomborg, especialista da Dinamarca.

Segundo o Protocolo de Kyoto, o plano da ONU para conter o aquecimento global, 35 países industriais concordaram em cortar as emissões até 2008-12, limitando-as a 5% abaixo dos níveis de 1990. O presidente George W. Bush retirou os EUA do protocolo, dizendo que ele prejudicaria a economia americana e é injusto, por não incluir, em sua primeira fase, obrigações para as nações em desenvolvimento.
(Por Alister Doyle, Reuters, 26/01/2007)
http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2007/jan/26/256.htm

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -