Uma filial da PetroChina, maior produtora de gás e petróleo da China, foi multada em US$ 125 mil pelo vazamento de produtos tóxicos no rio Songhua, que deixou sem água milhões de pessoas no fim de 2005 e causou um dos maiores desastres ecológicos do país, informou na sexta a agência de notícias Xinhua. Embora seja a multa máxima estabelecida pela legislação chinesa, muitos se queixam do valor baixo para uma empresa cujos lucros foram de quase US$ 8 bilhões no primeiro semestre de 2006.

Em novembro de 2005, uma explosão numa usina da companhia Jilin Petrochemical despejou 100 toneladas de substâncias cancerígenas (benzeno e nitrobenzeno) no Rio Songhua, na fronteira com a Rússia. A contaminação chegou ao território russo.

Organizações ambientalistas consideram que o castigo é pequeno e pedem uma reforma da Lei de Proteção Meio Ambiental, que data de 1989. Fontes do Greenpeace consultadas pela EFE defenderam a criação de um Ministério do Meio Ambiente, com poder para enfrentar as grandes empresas do país. Devido ao baixo valor das mulas, é mais rentável poluir do que instalar equipamentos de proteção ecológica.
(EFE, 26/01/2007)
http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2007/jan/26/143.htm