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emissões de co2
2007-01-26
A energia renovável, combinada a medidas de eficiência energética, pode suprir metade da demanda global de energia até 2050, segundo novo relatório lançado hoje pelo Greenpeace. O estudo “Revolução Energética: perspectivas para uma energia global sustentável” propõe um guia prático de medidas para cortar pela metade as emissões de CO2 até 2050, mantendo a segurança da oferta e um crescimento econômico mundial estável.

O relatório foi encomendado pelo Greenpeace e pela Comissão Européia de Energia Renovável (EREC) ao Centro Aeroespacial da Alemanha (DLR), um dos mais conceituados institutos de pesquisa na área de cenários energéticos e contou com a contribuição de 11 institutos internacionais de pesquisa.

Resultado de uma série de modelagens por computador, o relatório apresenta diferentes cenários futuros para a geração e distribuição de energia até 2050, com base em avaliações por região e por tipo de energia. O panorama abrangido pelo relatório vai de uma manutenção do atual modelo centrado em combustíveis fósseis a uma revolução energética completa, com presença marcante de energias renováveis e eficiência energética.

Os cenários também consideram tendências sócio-econômicas como crescimento populacional estimado e crescimento econômico acentuado de regiões como China, África e Índia. Além dos benefícios ambientais, o Cenário de Revolução Energética demonstra a enorme vantagem econômica em se migrar para um modelo de energias renováveis, geração descentralizada e uso eficiente de energia.

“O Cenário de Revolução Energética é o caminho para suprir a crescente demanda energética sem agravar o problema do aquecimento global” afirmou Sven Teske, especialista em energia do Greenpeace. “Os dados mostram que é factível adotar uma matriz energética renovável e segura e obter índices de eficiência energética necessários sem estancar o crescimento econômico global. Além disso, o modelo prevê a eliminação gradual das fontes perigosas e poluidoras de energia, como o carvão, óleo diesel e a energia nuclear”, conclui.

O relatório mostra que as renováveis serão economicamente competitivas desde que eliminados os subsídios hoje direcionados aos combustíveis fósseis e a energia nuclear. Sugere ainda que seja adotado o princípio do poluidor-pagador para quem prejudica o meio ambiente para produzir energia. “Apelamos aos governos para que eliminem este tipo de subsídios até 2010”, afirmou Teske.

Segundo o estudo, o tempo disponível para esta transição energética é bem curto: decisões políticas e investimentos de governos, instituições financeiras e empresas serão necessários para transformar o parque energético mundial em tempo hábil. Na próxima década, muitas das usinas de eletricidade localizadas em países desenvolvidos deverão ser substituídas. Além disso, países em desenvolvimento como China, Índia e Brasil terão que criar rapidamente uma nova infra-estrutura para suprir sua crescente demanda por energia.

Segundo Arthouros Zervos, presidente da Comissão Européia de Energia Renovável, “o mercado global de energia renovável pode crescer a uma taxa de dois dígitos até 2050, atingindo o volume da indústria de combustíveis fósseis. Com mercados de energia solar e eólica movimentando US$ 38 bilhões e dobrando de tamanho a cada três anos, o crescimento do setor de renováveis terá o mesmo ritmo da Internet e dos celulares”, afirmou.

No Brasil, o Greenpeace fechou parceria com o GEPEA (Grupo de Engenharia de Energia e Automação de Elétricas/ POLI –USP) para aplicar o software e projetar cenários de geração de eletricidade para o país. A principal conclusão do relatório brasileiro é que é possível assegurar o crescimento econômico, eliminando as usinas a óleo diesel, carvão e nucleares, diminuindo as usinas a gás da matriz energética brasileira e estruturando o setor de eletricidade em torno de medidas de conservação e investimentos públicos pesados em renováveis modernas como eólica. Os dados completos dos cenários brasileiros serão divulgados em coletiva de imprensa pelo Greenpeace no dia 30 de janeiro em São Paulo.

“As decisões tomadas hoje sobre política energética determinarão as condições do planeta no futuro”, disse Marcelo Furtado, diretor de campanhas do Greenpeace no Brasil. “Na próxima semana, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU deve divulgar dados que reforçam a necessidade urgente da sociedade responder às ameaças do aquecimento global e às questões de segurança energética. Com este relatório, o Greenpeace mostra que existe, literalmente, uma luz no fim do túnel”.

Principais conclusões do Cenário Revolução Energética Global
Os dados dos cenários da oferta energética seguiram as projeções da Agência Internacional de Energia e foram calculados com base na metodologia de simulação MESAP/PlaNet. O estudo prevê um ambicioso caminho de desenvolvimento global para a exploração do potencial de eficiência energética, focado nas melhores práticas atuais assim como nas tecnologias que estarão disponíveis no futuro. O resultado obtido mostra que, sob o Cenário de Revolução Energética, a demanda mundial de energia pode ser reduzida em até 47% em 2050.

A demanda de energia primária hoje é de 40.090 GW. Mantidas as tendências atuais como projetado no Cenário de Referência, em 2050 haverá um aumento da demanda para 74.650 GW e os custos de eletricidade devem quadruplicar. A exploração do grande potencial de eficiência energética permitirá uma economia de 36.860 GW até 2050 e uma redução da demanda de energia primária para 37.790 GW. Para se ter uma idéia, a usina hidrelétrica de Itaipu tem uma capacidade de 12,6 GW. Portanto, a demanda projetada para 2050 no Cenário de Referência equivale a quase 6 mil usinas como Itaipu. Em 2050, pelo Cenário de Revolução Energética a demanda projetada seria de 3 mil usinas, ou seja, uma redução de 50%.

O setor de eletricidade será o pioneiro na utilização em larga escala de energia renovável. Em 2050, cerca de 70% da eletricidade será produzida a partir de fontes renováveis. Uma capacidade instalada de 7.100 GW produzirá 21.400 Terawatt hora por ano (TWh/a) de eletricidade em 2050. No setor de aquecimento, a contribuição das renováveis pode chegar a 65% até 2050. Os combustíveis fósseis serão substituídos por tecnologias mais modernas, particularmente biomassa, coletores solares e geotérmicos.

No setor de transportes, o potencial de eficiência energética deverá ser explorado antes da adoção em larga escala dos biocombustíveis. Neste estudo, a biomassa é alocada primariamente para fontes estacionárias (usinas de geração). O uso de biocombustíveis para o transporte deve ser limitado à disponibilidade da oferta de recursos obtidos de forma sustentável. O uso crescente de sistemas combinados de aquecimento e eletricidade para geração de energia (CHP) vão melhorar a eficiência das taxas de conversão.

América Latina: Hoje, as energias renováveis respondem a 27% da demanda de energia primária da América Latina – cerca de 70% ainda provém de combustíveis fósseis. A biomassa, usada principalmente no setor de aquecimento, é a principal fonte renovável contribuindo com 10% do fornecimento de energia primária; em segundo lugar aparece a energia hidrelétrica. A parcela de geração de eletricidade por renováveis já está em 70% e as usinas hidrelétricas são a principal fonte. A contribuição de renováveis para atender a demanda de energia primária de aquecimento é de cerca de 36%.

No Cenário de Revolução Energética América Latina, a exploração do grande potencial de conservação de energia ajudará a minimizar o crescimento da demanda de energia primária, dos atuais 5277 TWh/ano (2003) para 7500 TWh/ano em 2050. Já o Cenário de Referência projeta uma demanda de 17..500 TWh/ano. Em 2050, o Cenário de Revolução Energética América Latina projeta que 65% da demanda de energia primária será atendida por fontes renováveis de energia.
(Greenpeace, 25/01/2007)
http://www.carbonobrasil.com/

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