Sema apresenta resultado de operação contra pesca ilegal
2007-01-25
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) apreendeu 909 quilos de pescado irregular durante uma operação realizada em nove municípios do Estado durante o final de semana, em parceria com o Juizado Volante Ambiental (Juvam). Seis pessoas foram presas em flagrante. A maioria dos casos foi registrada em Cuiabá e em uma única apreensão os fiscais encontraram 600 quilos de filé de peixe em uma casa no bairro Grande Terceiro, em Cuiabá.
Antes da operação apenas 28 quilos de pescado haviam sido apreendidos este mês. O total de multas aplicadas em janeiro é de pouco mais de R$ 56 mil, grande parte em Cuiabá, Várzea Grande e Nobres. Um balanço parcial da Sema apontou que desde o início da piracema, em 6 de novembro, já foram encontrados 3.575 quilos de peixes retirados dos rios de forma irregular.
A operação contou com a participação de 14 policiais militares. As cidades fiscalizadas foram Cuiabá, Barão de Melgaço, Santo Antônio do Leverger, Poconé, Cáceres, Barra do Bugres, Nobres e Rondonópolis. Nesta última, a Sema solicitou monitoramento constante devido à situação crítica lá encontrada, providência já tomada em outros locais: Cuiabá, Santo Antônio do Leverger e Jangada. Além dos peixes, foram apreendidos também 16 redes, sete tarrafas, um veículo, 12 canoas, três bicicletas e uma espingarda.
O secretário de Estado de Meio Ambiente, Luis Henrique Daldegan, afirmou, durante entrevista coletiva, que novas operações semelhantes serão realizadas em outras cidades. Desenvolver ações com os 65 fiscais do órgão em parceria com os municípios é uma das estratégias na qual aposta a Sema após a extinção do Batalhão Militar Ambiental.
Daldegan disse que dois benefícios das modificações estruturais da polícia são a maior rapidez nas articulações e a otimização dos recursos, já que todos os policiais, em tese, poderão atuar contra os crimes ambientais. Os serviços de Inteligência também passarão a ser mais explorados. “No primeiro momento, a gente fica meio arredio à mudança, mas depois vai se inteirando”, falou Daldegan.
“O policial não pode ficar amarrado a um batalhão. A Sejusp disponibilizou quantos homens forem necessários para essas ações”, defendeu, na coletiva, o secretário de Justiça e Segurança Pública, Carlos Britto, ao ser questionado sobre o fim do Batalhão, o que ele denomina de modificação do modelo de distribuição do efetivo.
Segundo Brito, no mínimo 10% do efetivo total da PM, que é de 6.500 policiais, receberá capacitação em educação ambiental, o que superaria o número de policiais ambientais, que eram 160.
(Diário de Cuiabá, 25/01/2007)
http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=276908