Apesar das críticas de alguns setores da economia ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), empresários do ramo de siderurgia declararam apoio ao conjunto de medidas econômicas do governo federal por acreditar que o consumo interno aumentará com a implementação do programa.

Em reunião ontem (24/1) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, membros do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS) disseram que o setor estima um aumento da produção de aço nacional das atuais 36,6 milhões de toneladas por ano para 50 milhões de toneladas anuais até 2010, com investimentos de US$ 15 bilhões.

A expectativa dos empresários é que o consumo interno aumente com a implementação do PAC e, com isso, as previsões seriam superadas.

“Dissemos ao presidente que esses 50 milhões de toneladas são projetos que estão aí. Certamente, se o mercado interno responder e se houver crescimento efetivo, existem mais projetos a serem anunciados”, afirmou o presidente do IBS, Luiz André Rico Vicente, ao final da reunião no Palácio do Planalto.

A siderurgia é uma das áreas beneficiadas pelo PAC. O programa prevê redução de 5% para zero a alíquota do Imposto de Produtos Industrializados (IPI) sobre perfis de aço, insumo básico da construção civil.

De acordo com Vicente, cada brasileiro consome hoje cem quilos de aço por ano, o mesmo valor há 26 anos. Na Ásia, por exemplo, consumo anual por habitante é de mil quilos. Ele disse também que 45% da produção nacional de aço é exportada.

Dez empresários participaram do encontro, além dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e da Casa Civil, Dilma Rousseff.
(Por Carolina Pimentel, Agência Brasil, 24/01/2007)
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