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2007-01-25
No meio da tarde, um rapaz com idade entre 21 e 25 anos decide mergulhar em um rio para espantar o calor. O local não é adequado para banho e não há salva-vidas por perto, mas ele não se intimida e se lança à água. Esses são os últimos passos do imprudente roteiro seguido pela maioria dos 138 mortos por afogamento registrados pela Operação Golfinho neste e no veraneio passado no Rio Grande do Sul.

A análise dos 73 afogamentos contabilizados no verão 2005/2006 e dos 65 registrados na temporada atual até a semana passada revela que 79,7% perdem a vida se arriscando em locais onde o banho é impróprio, 87,7% das vítimas são homens e mais da metade têm menos de 25 anos. A estatística não cobre todos os casos porque algumas mortes em áreas remotas são registradas em delegacias de polícia mas não chegam ao conhecimento do Corpo de Bombeiros.

O banco de dados oficial revela os diferentes níveis de periculosidade na água: os rios são os mananciais mais traiçoeiros para o banhista, seguidos pelo mar, por lagoas e cascatas. Entre os fatores que fazem uma área ser imprópria para banho estão a irregularidade do leito, a forte correnteza, a presença de pedras ou galhos escondidos sob a superfície e a má qualidade da água. Muitas vezes, essas condições aparecem combinadas e tornam um simples mergulho um convite à tragédia.

– O problema é que, por lei, não podemos colocar salva-vidas em áreas particulares, em pontos onde a profundidade não é gradual ou onde a água não tem condição de balneabilidade, por exemplo. Quem se arrisca nesses locais faz a mesma coisa que atravessar uma avenida sem olhar o sinal – compara o coordenador da Operação Golfinho da Brigada Militar, tenente-coronel Joel Prates Pedroso.

O perfil de quem morre sob a água apresenta algumas diferenças em relação a quem consegue ser resgatado pelos salva-vidas. Enquanto quem é retirado da água com vida geralmente tem entre 11 e 15 anos, as vítimas fatais em sua maioria são jovens adultos. O horário e o local também mudam: se os resgates costumam ocorrer no Litoral Norte, entre as 10h30min e as 12h30min, o pico dos afogamentos ocorre depois do almoço, entre 14h30min e 19h, por vezes com acompanhamento de bebida alcoólica.

Diferentemente do retrato de quem consegue ser salvo pelos salva-vidas, o afogado típico já saiu da tutela dos pais, está no auge da forma física e acaba acreditando que pode vencer os riscos de quem mergulha em águas traiçoeiras. Isso faz o tenente-coronel Pedroso apostar mais na educação da população do que no deslocamento de salva-vidas para amenizar o drama de dezenas de banhistas nos meses de verão.
(Zero Hora, 25/1/2007)
www.zerohora.com.br

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