Maré vermelha suspende coleta e consumo de ostras em SC
2007-01-23
A presença de algas responsáveis pelo fenômeno conhecido como maré vermelha determinou a suspensão da coleta, comercialização e consumo de moluscos nas baías de Florianópolis durante esta semana.
Entre outros fatores, a elevação da temperatura da água pode provocar a proliferação das algas da espécie Dinophysis acuminata. Conforme explica o engenheiro aqüícola Rafael Westphal, essa alga produz uma substância que é retida por ostras, mariscos e mexilhões, o que pode causar diarréia e vômitos em quem os consome. "A concentração de toxinas se dissipa naturalmente depois de alguns dias, sem maiores danos à produção e ao consumo", garante.
O fenômeno atinge tanto a produção das áreas de cultivo quanto os mariscos em seu hábitat nas pedras e costões.
As análises mostraram um pico de toxinas na última sexta-feira. Já as amostras colhidas na manhã desta segunda-feira apontam queda nos níveis tóxicos, levando à expectativa de que até, o fim da semana, o consumo já poderá ser liberado.
A diretora da Vigilância Sanitária da Secretaria Estadual da Saúde, Raquel Bittencourt, diz que, graças à suspensão de comercialização, não houve registro de casos de intoxicação.
Em plena temporada de turismo na capital catarinense, fica a recomendação de não comer ostras e mariscos por alguns dias, a não ser que tenham sido colhidos antes da contaminação.
(Por Rejane Wilke, O Estado de S. Paulo, 22/01/2007)
http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2007/jan/22/143.htm