A Casa Branca colocou questões para o Departamento de Transportes sobre várias opções. Uma idéia sob consideração, segundo funcionários do governo e executivos de empresas de carro que se consultaram com a Casa Branca, é de mandar embora o sistema existente de médias de frotas, como já aconteceu com caminhões pequenos, e impor um padrão em cada veículo, baseado em sua “pegada” ou na distância entre as rodas.

O presidente pediu às autoridades para fazerem isso no ano passado, mas democratas do Congresso rejeitaram seu pedido, dizendo que a Casa Branca deveria usar seu poder para simplesmente aumentar a média. Uma paralisação foi o resultado. Aumentando o número dos 45km por galão causaria centenas de mortes a mais nas estradas por ano porque os produtores de automóveis alcançariam o objetivo de fazer carros menores, a administração argumenta. Também diz que o sistema coloca uma carga exagerada nas empresas que se especializaram em carros grandes – por assim dizer, produtores americanos.

Um problema para os democratas é que, como não há média de fluxo, o debate fica mais turvo porque não há um único número para argumentar. Simplesmente reformar o sistema sem determinar objetivos específicos é uma “licença para confusão”, disse Clarence M. Ditlow, diretor do Centro de Segurança de Automóveis, que monitora a indústria de automóveis e regulamentações governamentais de segurança.

Críticos estão pressionando. O representante Edward J. Markey, um democrata de Massachussets que quer aumentar a economia do combustível, disse que carros com quilometragem mais alto são tão seguros quanto beberrões de gasolina. Para argumentar contra, ele disse, significaria “que o híbrido do Ford Escape não é tão seguro quanto o Ford Escape normal”. Ele planeja reintroduzir uma lei que aumente o padrão para 1.6km por galão para os primeiros 10 anos, e 4% ao ano depois.

A porção de carros do sistema Corporate Average Fuel System, conhecido como CAFÉ, não mudou desde 1990, e a regra regulamentando caminhonetes, vans e veículos utilitários está mudando lentamente. Bush, entretanto, irá tomar passos para encorajar o desenvolvimento de baterias usadas para ligar veículos elétricos híbridos e aumentar a produção de etanol.
(Por Matthew L. Wald, The New York Times , 22/01/2007)