Japão tenta evitar ´extinção comercial´ do atum
2007-01-23
Um grande esforço para tentar reverter o declínio nos estoques de atum no mundo todo está ocorrendo em Kobe, no Japão. Cinco organizações regionais responsáveis pelo gerenciamento dos estoques de atum, uma das espécies mais valorizadas e ameaçadas, participam da reunião.
Eles vão discutir planos para estabelecer um sistema global de rastreamento para certificar a origem de cada atum que é vendido. Conservacionistas afirmam que a pesca ilegal, que não segue a regulamentação, além de cotas fora da realidade para a pesca de atum, são as causas da queda dramática dos estoques do peixe. No Atlântico ocidental, os números dos estoques de atum-azul são menos do que um quinto do que eram há 30 anos, segundo a entidade que monitora os estoques de peixes.
Origem
Em 2006, o Japão admitiu que estava pescando além do permitido a espécie atum-azul do sul, e aceitou um profundo corte em sua cota de pesca, como punição. O país convocou a reunião de diferentes organizações que regulam a pesca de atum em todo o mundo, para discutir medidas para assegurar a sobrevivência das espécies. Delegações de governos e da indústria pesqueira vão discutir uma proposta para forçar os pescadores a produzirem certificados de origem para o atum pescado.
Isto iria expandir os programas de conservação que já estão sendo realizados em algumas partes do mundo. E também iria, até certo ponto, na direção de atender às exigências de conservacionistas, como a organização WWF, que alertaram que espécies de atum correm alto risco do que eles chamam de extinção comercial, devido ao fraco gerenciamento da indústria.
(Estadão, 22/01/2007)
http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2007/jan/22/255.htm