MPA quer a construção de mais casas agroecológicas
2007-01-22
O Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) pretende ampliar a construção de imóveis para habitação rural a partir de um modelo baseado na utilização de elementos da natureza como matéria-prima. A casa agroecológica, como vem sendo chamada, apresenta um custo menor de produção, além de ser menos agressiva ao meio ambiente. "O agricultor usa a terra, a areia e a madeira própria que é plantada na propriedade, o que barateia o custo", afirmou Áurio Scherer, da coordenação estadual do MPA.
Ao todo, o Estado conta com dez casas deste tipo construídas - a primeira delas foi em Progresso, no começo do 2006. Um modelo esteve exposto em novembro, na Expovale de Lajeado, feira que recebeu a visita de 170 mil pessoas. A intenção do MPA é expandir a construção deste tipo de imóvel através de financiamentos da Caixa Econômica Federal, com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). "Temos um convênio de amplitude estadual, pois contamos com um programa pioneiro de habitação rural que já construiu mais de duas mil casas em 109 municípios gaúchos", informou Scherer.
Para conseguir o subsídio estatal, o agricultor formula o projeto juntamente com o MPA e envia para avaliação da Caixa. Aprovado, o banco fornece um kit de construção que custa cerca de R$ 8 mil. A família beneficiada entra com uma contrapartida de R$ 2,7 mil e com a mão-de-obra básica, geralmente em mutirão. O superintendente regional da Caixa no Vale dos Sinos, Plínio Graef, ressaltou as características inovadoras do projeto. "A técnica construtiva utiliza material que há em fartura no meio rural e promove a integração com a natureza", disse. "É uma alternativa e nós incentivamos tudo o que vise melhorar as condições de habitação", garantiu.
(Por Maurício Macedo, Jornal do Comércio, 22/01/2007)
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