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emissões de co2
2007-01-22
A rede de supermercados britânica Tesco anunciou na última sexta-feira que irá colocar nos rótulos de seus produtos, ao lado do preço e quantidade de calorias, quanto de carbono emitem. A empresa, primeira do mundo a tomar esta atitude, afirma que “seus negócios serão líderes no caminho da economia low-carbon (baixas emissões de carbono)”.

Os supermercados Tesco irão colocar etiquetas em todos os 70 mil produtos que vendem para que os consumidores possam comparar o ‘custo de carbono’ do mesmo modo que comparam o quanto de sal cada um contêm. A Rede produz dois milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano no Reino Unido.

A empresa pretende também cortar as emissões das lojas e centros de distribuição em 50% em 2020 e reduzir e 50% em cinco anos a quantidade de CO2 produzida pelas atividades da rede de distribuição dos seus produtos.

Apesar de ser a primeira a introduzir esta medida, o Tesco não está sozinho. Companhias britânicas entraram de cabeça na onda de neutralizar as emissões de gases do efeito estufa, o que possibilita que levantem a bandeira e mostrem o quanto se esforçam para mitigar as mudanças climáticas. O mesmo processo vêm sendo sentido pela população, que tem se tornado mais preocupada com a causa, pagando compensações por viagens terrestres e aéreas, por exemplo.

Esta explosão de ações ambientalmente corretas está provocando um boom de novos projetos e movimento econômico de altas nos preços de ações de mitigações climáticas. “As pessoas precisam ter certeza que a maneira como estão compensando está realmente fazendo a diferença”, afirmou na última quinta-feira o ministro do meio ambiente do Reino Unido, David Miliband.

O chefe-executivo da Tesco, Sir Terry Leahy, no entanto, promete uma revolução verde e diz que quer trazer o movimento ambientalista para dentro dos mercados de massa. “Isto é algo grande. Quando você tem uma companhia tão poderosa como a Tesco e um chefe tão influente quanto Leahy chamando a atenção para as mudanças climáticas, o mundo dos negócios deve ouvir”, avalia o chefe-executivo da consultora verde Fórum for the Future, Peter Madden.

Esta é a última de uma séria de batalhas entre os grandes supermercados ingleses para provar suas credenciais verdes. Em 2005 o presidente da rede de varejos americana Wal-Mart, Lee Scott, anunciou que usaria 500 milhões de dólares para usar 100% de energia renovável, não criar lixo e cortar os gases do efeito estufa em 80% em 2007. Na Grã-Bretanha, a rede de descontos atua com o nome Asda.

No ano passado, a Tesco revelou um plano para fazer uma “boa vizinhança”, o que inclui a instalação de turbinas eólicas e painéis solares, além de encorajar uma alimentação saudável. Asda e Sainsbury (rede de supermercados famosa pelos produtos mais saudáveis) anunciaram iniciativas parecidas e, na última semana, a rede de varejo Marks&Spencer divulgou um projeto ambiental de 200 milhões de libras (400 mil dólares) para se tornar neutra em emissões de carbono e enviar o lixo para aterros sanitários até 2012.
(Por Paula Scheidt, CarbonoBrasil com informações do The Guardian, 21/01/2007)
http://www.carbonobrasil.com/noticias.asp?iNoticia=17307&iTipo=7&idioma=1

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