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2007-01-22
Em Brasília, tomar sorvete de macaúba é um programa comum na tarde de um domingo ensolarado. Já no Pará, a vedete das sorveterias é o cupuaçu, e o suco de camu-camu toma o lugar da acerola, na hora de se proteger de uma eventual gripe. Frutas como essas, desconhecidas da maioria da população, farão parte de cinco livros publicados pelo Ministério do Meio Ambiente que serão lançados no segundo semestre deste ano. A iniciativa é o resultado de uma pesquisa, já terminada, cujo objetivo foi catalogar as espécies frutíferas e vegetais usadas apenas em poucas regiões do país e incentivar sua produção em larga escala.

O estudo começou a ser realizado em 2004 e contou com equipes de pesquisadores nas cinco regiões brasileiras. “Queríamos observar a riqueza de plantas [e frutas] que vinham sendo usadas em âmbito local e oferecem oportunidades reais de uso”, explica o coordenador da área de Recursos Genéticos da secretaria de Biodiversidade e Florestas, Lídio Coradin. “A gente é muito conservador, só olha para o que conhece. Nas escolas, as crianças não aprendem sobre frutas nativas, apenas sobre mamão, uva, abacate, que são exóticas [não originais do país]. Elas têm mais tradição e existem mais receitas sobre elas”, continua.

A pesquisa descobriu 70 frutas e plantas com características alimentícias, como a macaúba (uma espécie de palmeira comestível), a goiaba silvestre (mais ácida que a goiaba comum, ver foto), o araticum (uma fruta do cerrado), a pupunha (palmito que também pode servir para fazer biocombustível), o pequi (que pode ser transformado em licor), a cagaita (típica da região Sudeste), o camu-camu (que possui mais vitamina C que a acerola), entre outros. Como o levantamento ainda leva em consideração espécies que servem para outros usos, foram catalogados também 148 tipos de plantas ornamentais, 99 com potencial medicinal, nove que servem para fazer aromas, 31 que podem ser usadas na fabricação de óleos e mais 418 pertencentes a outros grupos.

Cada livro mostrará as plantas e frutas de uma região. São 255 do Sul, 128 no Sudeste, 131 no Centro-Oeste, 162 no Nordeste e 99 no Norte. “O número no Norte é um paradoxo, já que a maior biodiversidade está justamente lá. Mas não houve um padrão no levantamento, cada região teve independência para priorizar suas espécies, desde que elas tivessem aplicação atual e pudessem ser transformadas em espécies do futuro”, explica Coradin, referindo-se ao nome do projeto, chamado “Plantas do Futuro”.

A atividade foi desenvolvida com recursos do Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira (Probio), desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente e que, por sua vez, é apoiado por outro projeto, o Sustentabilidade e Repartição dos Benefícios da Biodiversidade, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Além da pesquisa, o “Plantas do Futuro” pretende realizar reuniões com o setor empresarial, para estimular o investimento nas espécies catalogadas. “É preciso que haja um sistema de produção, um trabalho maior de políticas públicas. O mercado está sempre pronto para receber novas opções desde que elas tenham qualidade e preço bom. Isso se consegue com a redução no tempo da primeira colheita e um manejo correto e sustentável”, afirma o coordenador. “Nós temos o país com a maior biodiversidade do planeta, temos a responsabilidade de conservar melhor a nossa biodiversidade e fazer um uso melhor de forma sustentável. O que não tem valor, você pega e joga fora, então, desenvolver novas opções ajuda a conservar”, completa.
(Por Talita Bedinelli, Agência PNUD, 19/01/2007)

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