Solução para problema do aumento do buraco na camada de ozônio depende dos governos, diz pesquisadora da PUCRS
2007-01-19
A solução para o problema do aumento do buraco na camada de ozônio está nas mãos dos
governantes, segundo a coordenadora do Grupo de Física das Radiações da PUCRS, Mara
Rizzatti. Para isso, é necessário o cumprimento dos acordos internacionais. Após a
constatação da formação de buracos na estratosfera e o aquecimento global na troposfera,
acordos internacionais, como os protocolos de Montreal e de Kyoto, foram firmados para
eliminar o lançamento de substâncias nocivas na atmosfera. O Brasil responde por 3,7% da
emissão dos gases, como clorofluorcarbonetos ou CFCs, principal causa da destruição da
camada de ozônio. Aumentar o plantio de áreas verdes, principalmente nas cidades, é outra
alternativa.
Os países do Hemisfério Sul precisam seguir à risca as propostas para reverter a situação na
Antártica, onde a degradação é muito grande. O Protocolo de Montreal, subscrito em 1987,
está em vigor desde 1989, tendo cerca de 180 nações comprometidas com a substituição de
gases que reagem com o ozônio. O Protocolo de Kyoto, em vigor desde 2005, propõe que os
países signatários coloquem em prática, entre 2008 e 2012, ações básicas para reduzir a
emissão de poluentes, responsável pelo aquecimento global.
Enquanto isso, a população deve se prevenir, evitando sol das 11h às 17h neste verão. Mara
enfatizou que foi registrado índice de extremo risco em novembro e que a situação tende a
permanecer nesta estação.
(Correio do Povo, 19/01/2007)
http://www.correiodopovo.com.br/edicaododia.asp