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2007-01-19
As emissões de gases do efeito estufa (GEE) da Austrália podem estar até 20% acima do que mostram os números do governo, e muito além do limite anteriormente aceito pelo Protocolo de Kyoto. Um relatório, publicado pelo Instituto da Austrália (The Australia Institute), alegou que o aumento da taxa de desmatamento em um dos maiores estados do país, Queensland, anunciado recentemente, provoca dúvidas sobre a alegação do governo Australiano de que o país estava a caminho das metas de Kyoto.

A Austrália assinou o pacto de 1997, que permitiu que as emissões de GEE do país aumentassem 8% acima dos níveis de 1990 até 2012. A Austrália foi um dos poucos países que recebeu a permissão do Protocolo de Kyoto para aumentar suas emissões. Mesmo tendo se retirado de Kyoto quatro anos depois, a capital do país (Camberra) ainda cita a meta como uma das suas credenciais ‘verdes’.

O respeitado Instituto da Austrália disse que as informações do estado de Queensland indicam que o desmatamento no estado tropical está acontecendo em uma taxa 50% maior do que demonstram os dados do governo. “Se os dados do governo de Queensland estão corretos, as emissões de gases do efeito estufa da Austrália podem estar bem acima da meta de Kyoto”, disse o diretor do Instituto, Andrew Macintosh. “Sem o declínio do desmatamento anunciado pelo governo federal, as emissões totais aumentariam em mais de 20% entre 1990 e 2004, muito acima da meta de Kyoto para a Austrália”, acrescenta.

O relatório do Instituto alega que as estimativas de desmatamento do governo flutuaram bastante nos últimos três ou quatro anos. Segundo ele, em 2006 um relatório do governo colocou a taxa de desmatamento da Austrália 33% acima de uma estimativa de 2002 para o ano base de Kyoto. “Curiosamente quase todas as mudanças nos dados da linha de base publicados pelo governo tornaram mais fácil para a Austrália alcançar sua meta de Kyoto,”disse Macintosh.

A Austrália, um dos maiores exportadores de carvão do mundo, é o décimo maior emissor de GEE. Macintosh afirma que as variações nos dados de desmatamento do governo não podem ser explicadas por informações públicas. “Devido a estes problemas, há dúvidas em relação à veracidade da contabilização nacional de gases do efeito estufa e das alegações do governo de que as emissões aumentaram somente cerca de 2.3% desde 1990”, disse ele.

O Instituto e o partido verde da Austrália pediram a realização de uma revisão da contabilidade dos GEE do país. A senadora Christine Milne disse que a Austrália depende da redução das emissões provenientes do desmatamento para alcançar a meta de Kyoto, e que a comunidade precisa estar segura da veracidade das estimativas.

“Será uma grande humilhação mundial para o governo se tiver que admitir à comunidade internacional que não somente as emissões dos transportes e da eletricidade estão altas, mas que a redução alegada por eles através da diminuição do desmatamento não existe”, disse Milne. O Primeiro Ministro John Howard se recusa a assinar Kyoto, dizendo que é impossível sem a participação de grandes poluidores como a Índia e a China.
(Traduzido por Fernanda Müller, CarbonoBrasil, da Reuters, 18/01/2007)
http://www.carbonobrasil.com/noticias.asp?iNoticia=17274&iTipo=7&idioma=1

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