Comissão Européia está exigente no julgamento dos planos de emissões
emissões de co2
2007-01-18
A Comissão Européia informou que a Bélgica e os Países Baixos deverão reduzir o número de permissões de emissão de dióxido de carbono (CO2) que foram designadas para seus setores industriais. Os planos de emissões são documentos que estabelecem o teto de emissões de CO2 para a indústria e setor energético entre 2008 e 2012. Os planos foram entregues pelos países membros da União Européia em 2006.
Demonstrando a sua determinação em fazer com que os planos da UE para mitigação das mudanças climáticas tenham sucesso, o comissário do Meio Ambiente, Stavros Dimas, na terça-feira (16) exigiu que a Bélgica e a Holanda limitem suas emissões industriais de dióxido de carbono respectivamente em 7.6% e 5.1% abaixo do que foi pedido por seus governantes.
O comissário disse que ele quer realmente demonstrar o quão forte a Europa está comprometida com o sucesso do seu esquema de comércio de emissões (Emissions Trading Scheme - ETS), e que pretende “criar a escassez necessária no mercado de carbono europeu”. No final de novembro, a Comissão Européia reenviou a alguns países da União Européia os planos de emissão para a segunda fase do seu esquema de comércio de emissões. De acordo com a Comissão, os planos apresentavam créditos de poluição excessivos.
Dez países receberam de volta seus NAPs. Todos eles, com exceção da Inglaterra, foram rejeitados devido ao fato de terem sido generosos demais na concessão de permissões de poluição às indústrias. Dimas disse que deseja evitar a repetição do episódio ocorrido em maio de 2006, quando a primeira publicação oficial das informações sobre as emissões revelaram uma massiva superalocação de créditos no mercado, desencadeando uma queda nos preços do carbono.
A luta contra as mudanças climáticas pode ficar ainda mais intensa no futuro. Na semana passada a Comissão Européia apresentou a sua proposta para reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 20% até 2020, tendo como base os níveis de 1990. A Alemanha, detentora da atual presidência da União Européia, já anunciou que apóia uma meta ainda mais alta, de 30%.
(CarbonoBrasil, 18/01/2007)
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