China vai aumentar fiscalização de emissões nucleares
2007-01-18
A China vai aumentar a fiscalização de emissões nucleares, informou a agência chinesa de protecção ambiental, adiantando ser urgente melhorar o sistema de segurança após o teste nuclear que a Coreia do Norte realizou em 2006. O governo chinês atribuiu um orçamento de 40 milhões de reminbi (3,97 milhões de euros) para melhorar a fiscalização da poluição nuclear na atmosfera, anunciou hoje a Agência Estatal de Protecção Ambiental (SEPA, na sigla inglesa), na sua página na Internet.
Zhou Shengxian, ministro responsável pela SEPA, que tem funções de Ministério do Ambiente e de inspecção ambiental, referiu que o ensaio nuclear norte-coreano de 09 de Outubro de 2006, realizado a cerca de 100 quilómetros da fronteira chinesa, demonstrou a necessidade de um melhor regime de fiscalização.
Outra razão para o aumento do investimento em monitorização radioactiva é o aumento da produção de energia em centrais nucleares, segundo o ministro. A China criou em 2006 seis novos centros de monitorização de poluição nuclear, refere o jornal China Daily, numa altura em que a energia nuclear deverá ganhar cada vez mais peso na estrutura energética do país.
Segundo o jornal oficial chinês, a China produz actualmente 8.000 megawatts de energia nuclear, cerca de 2% da produção energética do país, mas o número deverá subir para os 12.000 megawatts em 2010 e para os 40.000 megawatts em 2020. Segundo a SEPA, a segurança nuclear e radioactiva engloba inspecções regulares de operações nucleares e do uso da energia nuclear, bem como a preparação de planos de resposta rápidos e eficientes em caso de emergências nucleares.
O ensaio nuclear norte-coreano foi condenado por toda a comunidade internacional e levou à aprovação pelas Nações Unidas de sanções contra Pyongyang, que a China apoiou, apesar de ser o único aliado internacional de peso da Coreia do Norte. Não há conhecimento de emissões ou fugas nucleares e radioactivas em consequência do teste norte-coreano.
(Diário Digital / Lusa, 17/01/2007)
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=258620