"Papa-pilhas" recebe primeira LO em Porto Alegre
2007-01-17
A primeira Licença de Operação para o recolhimento de pilhas e baterias, assinada hoje pelo secretário municipal do Meio Ambiente, Beto Moesch, autoriza o início do processo de coleta de pilhas e baterias que será feito em Porto Alegre. O projeto-piloto, com duração de um ano, atende reivindicação antiga de moradores da Capital. Pilhas e baterias já podem ser colocadas nos "papa-pilhas" em horário bancário. O programa está sendo implementado pelo Banco Real em todas as agências de Porto Alegre.
O projeto inclui a instalação de um papa-pilhas de 1,5m de altura junto aos terminais de auto-atendimento, nos quais os clientes poderão descartar pilhas usadas. A escolha de Porto Alegre para a implantação do programa deu-se em função de uma pesquisa realizada pela professora Nivea Reidler, da Universidade de São Paulo, segundo a qual a capital gaúcha é considerada a cidade com maior consciência ambiental do Brasil. As pilhas coletadas serão transportadas para uma empresa recicladora em São Paulo. A expectativa é recolher cerca de 30 toneladas até o fim do ano. A iniciativa também está sendo adotada nas cidades de João Pessoa e Campinas.
– Pela primeira vez, é viabilizado um sistema de coleta desse material na cidade para posterior reciclagem e que faz parte da implantação de uma política de destinação adequada de resíduos perigosos – afirmou Moesch.
De acordo com ele, o próximo passo do projeto é abranger a telefonia celular e supermercados, com a arrecadação de materiais como baterias de celulares e lâmpadas fluorescentes.
A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) avalia que o mercado brasileiro consome 1,2 bilhão de unidades de pilhas por ano. Desse total, 800 milhões são originais e 400 milhões são ilegais. Apenas 1% da quantidade de pilha consumida é processada e tem um destino ambientalmente correto. Compostas de produtos químicos tóxicos e poluentes, as pilhas e as baterias podem vazar quando são descartadas em recipientes não-adequados. Para serem recicladas, as pilhas são queimadas em fornos industriais de alta temperatura, dotados de filtros que impedem a emissão de gases poluentes, obtendo-se assim sais e óxidos metálicos que são utilizados na indústria de refratários, vidros, tintas, cerâmicas e química em geral.
(ClicRBS, 16/1/2007)
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