A ciclofaixa, na ligação Centro-praias do Laranjal, não ficou pronta dentro do prazo estipulado pela Prefeitura. Ontem (15/01), quando a obra deveria estar concluída, os ciclistas preferiam dividir espaço com carros e motos - sobre a pista - na avenida Adolfo Fetter, a encarar o saibro no trecho ainda não coberto pelo asfalto. O secretário de Obras, Fabrício Tavares, se diz receoso em estimar nova data, mas crê que mais 15 dias seriam o suficiente para acabar o trabalho.

O jardineiro Marvel Furtado Frank, 27 anos, elogiou o espaço específico, mas ficou desiludido em saber que da rótula com a avenida Rio Grande do Sul em direção ao Balneário dos Prazeres, onde mora, a ciclofaixa ainda não tem previsão de quando receberá camada asfáltica. "Pena que está demorando, não sei por que não fica pronta", disse, ao parar, perto do local em que a sinalização horizontal - pinturas branco e vermelho, tachões e os populares olhos de gato - chegou, próximo ao Motel Del Fuego.

Mesmo quem não anda de bicicleta, torce para aproveitar as vantagens do lugar reservado, mais distante do perigo: "Pelo menos vai nos tirar de cima da pista", disse o charreteiro Venilton da Silva Xavier, 47 anos, ao se preparar ao carregamento da terceira carga do dia. "Quando estou com a carroça cheia é horrível andar nesse saibro", afirmou.

As instabilidades do clima e uma questão burocrática - devido ao empenho na virada de ano - na entrega do cimento asfáltico de petróleo, encomendado da Petrobras, prejudicaram o andamento das atividades, justificou Fabrício Tavares. "Quando o tempo se arma, ficamos com medo de dar continuidade; asfalto combinado com chuva é colocar dinheiro fora", disse. "Acreditamos que em mais 15 dias a pavimentação esteja pronta."

Uma operação tapa-buracos, em diferentes pontos da cidade, também está na lista de prioridades da Secretaria de Obras. Antes, no entanto, ainda devem ocorrer melhorias nas proximidades do Complexo do Judiciário e na junção da avenida Domingos de Almeida com a rua Comendador Rafael Mazza, no Areal. "É uma equipe para tudo, dez homens na rua e cinco na usina de asfalto."

Com 3,6 quilômetros de extensão e 2,65 metros de largura, a ciclofaixa começa na ponte sobre o arroio Pelotas em direção à rótula com a avenida Rio Grande do Sul. Nos locais onde existem paradas de ônibus, o espaço será desviado e terá continuidade pela parte detrás. Nesses pontos serão construídos espaços exclusivos para os coletivos. Ao todo serão necessárias seis unidades. Desde agosto de 2005 o Executivo dá previsões de quando as obras começariam e seriam concluídas, mas não tem conseguido atendê-las. A nova estimativa é final de janeiro.
(Por Michele Ferreira, Diário Pouplar, 16/01/2007)
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