Companhia de saneamento do Rio entra na Justiça contra mineradora
2007-01-16
A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) apresentou ontem (15/1) à Justiça um pedido de indenização contra a mineradora Rio Pomba Cataguazes. O presidente da companhia, Wagner Victer, calcula que o acidente ambiental, provocado pelo rompimento da barreira de contenção de resíduos químicos da mineradora, já causou prejuízos de mais de R$ 1 milhão à Cedae.
“Estou com uma equipe de 150 pessoas da Cedae trabalhando 24 horas por dia na região. Temos gastos extras de produtos químicos, energia elétrica, carros-pipas, sistema de abastecimento secundário, instalação de bombas. Gastamos o máximo de recursos para reduzir o impacto da população”, explicou Wicter.
A lama de bauxita, proveniente do vazamento da barragem da empresa Rio Pomba, em Minas Gerais, já atingiu os municípios fluminenses de Itaperuna, Italva e Cardoso Moreira, no noroeste do Estado. Apesar disso, a companhia de saneamento fluminense mantêm o abastecimento de água para a população.
Nos municípios atingidos, técnicos adicionaram produtos químicos para decantar os resíduos de alumínio e ferro dá água do rio Muriaé e, a cada 30 minutos, eles monitoram a qualidade da água.
O primeiro município fluminense atingido pela lama foi Laje do Muriaé, onde os resíduos chegaram na quinta-feira (11/1), obrigando a Cedae a suspender o abastecimento de água. Em Laje do Muriaé, a água ainda está muito poluída para ser tratada.
Os moradores são abastecidos por 25 carros pipas disponibilizados pela Companhia de Águas de Minas Gerais. A Defesa Civil leva a água onde o acesso de veículos não é possível devido aos estragos causados pelas recentes chuvas.
(Por Mariana Schreiber, Agência Brasil, 15/01/2007)
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2007/01/15/materia.2007-01-15.9153705213/view