Evangélicos e cientistas dos EUA se unem contra efeito estufa
2007-01-16
Alguns importantes cientistas e líderes evangélicos dos Estados Unidos concordaram em pôr suas diferenças sobre a teoria da evolução de lado e trabalhar juntos para combater o aquecimento global. Representantes reuniram-se na Georgia e concordaram que uma ação urgente é necessária. Detalhes do acordo serão divulgados na quarta-feira, 17.
"Tenha Deus criado a Terra em um milissegundo ou tenha o planeta evoluído ao longo de bilhões de anos, a questão em que concordamos é que ele precisa de cuidados hoje", disse o vice-presidente de relações com o governo da Associação Nacional de Evangélicos, Rich Cizik. A Associação representa 45.000 igrejas.
O diretor do Centro de Saúde e Ambiente Global da Escola de Medicina de Harvard, Eric Chivian, concorda: "Cientistas e evangélicos descobrimos que partilhamos uma preocupação profunda e um senso de urgência quanto às ameaças à vida na Terra e que devemos falar com uma só voz para protegê-la".
Evangélicos e cientistas vinham tendo dificuldades em lançar uma ação conjunta de larga escala, em parte por conta do choque entre a evidência científica a favor da evolução e a interpretação literal ad Bíblia. As lideranças reunidas na Georgia, porém, deverão argumentar que a ameaça à vida no planeta é grande demais para permitir que essa divisão as impeça de trabalhar juntas contra as emissões de gases causadores do aquecimento global.
Entre as figuras esperadas para o lançamento formal da iniciativa estão o pastor Joel Hunter, que abriu mão da liderança da Coalizão Cristã da América porque a organização se recusou a incluir questões sociais e ambientais em sua agenda; o biólogo Edward O. Wilson; e o cientista da Nasa James Hansen, um dos principais responsáveis por alertar o público para as conseqüências do aquecimento global.
(AP, 15/01/2007)
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