ONU: plano energético europeu vai incentivar EUA e China
2007-01-16
O plano energético da União Europeia, que prevê uma redução de 20 por cento nas emissões até 2020, vai funcionar como um incentivo para os Estados Unidos e para a China, consideram os responsáveis das Nações Unidas. "Este é um sinal fundamental para desbloquear a actual situação dos Governos que dizem 'Vou esperar e ver o que vocês fazem primeiro'", disse Achim Steiner, director-executivo do Programa da ONU para o Ambiente (Pnua), em Nairobi.
A União Europeia "mostrou uma verdadeira liderança", comentou Yvo de Boer, responsável pelo Secretariado do Clima dass Nações Unidas, em Bona, que pressionou os governos europeus a adoptarem, rapidamente, as metas propostas. De Boer disse que os países em desenvolvimento, como a China e a Índia – que não estão comprometidos com as metas de Quioto para 2012 –, poderão receber bem os sinais de que as nações ricas estão a começar a definir metas mais ambiciosas e a mais longo prazo.
Este responsável acredita que os planos europeus deverão ser "seguidos com interesse" nos Estados Unidos, mesmo que o Presidente George W. Bush tenha rejeitado Quioto em 2001 devido aos custos económicos e por excluir as nações em desenvolvimento. Bush, que termina o mandato em 2009, tem repetido que não vai alterar a sua política, mesmo sob a pressão de um Congresso controlado pelo Partido Democrata. Steiner disse que o plano europeu pode encorajar os empresários e os estados norte-americanos a definirem metas climáticas. Mas, para Steiner, as metas europeias "ainda não são suficientes".
(Reuters, 12/01/2007)
http://ecosfera.publico.pt/noticias2005/noticia5923.asp