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2007-01-15
A partir deste ano, as usinas em implantação no Rio Grande do Sul começam a produzir biodiesel. O investimento total é estimado em R$ 123,5 milhões, na instalação das plantas da usina. O primeiro complexo a operar em escala comercial no Estado deverá ser o da Oleoplan, localizado no município de Veranópolis.

A planta deve iniciar os testes ainda em janeiro e começar a produção comercial em fevereiro. A unidade terá uma capacidade de produção de 100 milhões de litros ao ano. Como no caso das outras usinas gaúchas, a fabricação do biodiesel em Veranópolis se dará principalmente a partir da soja. Apesar disso, a empresa também desenvolve pesquisas quanto ao uso de novas culturas, como a mamona.

O custo da planta da Oleoplan é estimado em R$ 21 milhões. O presidente da Oleoplan, Irineu Boff, explica que o investimento não precisou ser maior porque a companhia utilizará a estrutura já existente da indústria de soja como caldeiras, oficinas, galpões de depósito, entre outros. Os recursos da Oleoplan serão focalizados na unidade de transesterificação (para separar a glicerina do óleo vegetal).

A Oleoplan já vendeu 10 milhões de litros para a Petrobras, que serão entregues a partir de março. O restante da produção está sendo negociado com importadores europeus e também pode ser comercializado no leilão que deve ser realizado no primeiro trimestre deste ano pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Boff ressalta que existem três mercados de biodiesel: o obrigatório, o voluntário que dependerá de contratos particulares com frotistas e o de exportação. Para o mercado brasileiro, o governo federal determinou que em 2008 seja adicionado 2% de biodiesel na fórmula do óleo diesel e para 2013 esse percentual subirá para 5%. O governo ainda estuda a possibilidade de antecipar essas metas.

Outra usina que inicia suas atividades neste ano é a da BSBios, em Passo Fundo. O diretor de operações da BSBios, Erasmo Carlos Battistella, informa que o cronograma está mantido com a previsão de entrada de operação da planta no dia 4 de abril. A usina, após o início da produção, ainda deverá levar cerca de 40 dias para atingir sua capacidade máxima. O complexo tem potencial para 110 milhões de litros anuais. O investimento previsto é de R$ 37,5 milhões. Battistella informa que praticamente toda a matéria-prima que será consumida pela usina já foi comprada. A produção inicia com a soja e depois terá a participação de outras culturas como a da mamona, girassol e canola. Serão cerca de 110 empregos diretos gerados com o empreendimento de Passo Fundo.

Sobre o mercado do biodiesel, Battistella destaca que os preços do óleo e da soja aumentaram em decorrência da especulação e do mercado norte-americano. "Mas isso é momentâneo, acredito que com a safra entrando os preços devem se ajustar", diz o dirigente da BSBios. A empresa já comercializou toda sua produção de 2007, o que deve totalizar cerca de 70 milhões de litros de biodiesel. A entrega do produto será realizada entre maio e dezembro deste ano. Atualmente, mais de 50% das obras do complexo estão prontas.

Battistella adianta que o número de projetos de biodiesel implicará numa disputa muito grande de matéria-prima e de mercado. No entanto, o diretor ressalta que a quantidade de empreendimentos divulgados é maior daqueles que devem ser efetivados.

Unidade de Cachoeira do Sul deve começar atividades em outubro
O cronograma da usina de biodiesel que será implementada em Cachoeira do Sul, foi alterado. A operação da planta da empresa Granol estava prevista para o começo deste ano, mas houve um adiamento para outubro de 2007. Segundo o diretor Industrial da Granol, Juan Diego Ferrés, o planejamento foi moldado com base no programa nacional de biodiesel que no momento está dependendo da prática de leilões. "Existe uma vulnerabilidade muito grande em relação à continuidade dos leilões. Adaptamos o cronograma para nos aproximar do período de obrigatoriedade da adição de biodiesel", diz Ferrés. Como o preço do biodiesel é superior ao do óleo diesel fóssil, somente com leilões o biodiesel tem atualmente espaço no mercado.

A Granol ainda não iniciou as obras civis da usina de biodiesel, o que deve ocorrer depois do carnaval. O financiamento do projeto será concedido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) e repassado pela Caixa-RS e Brde. O empréstimo será de R$ 36 milhões e o investimento total na usina será de R$ 45 milhões. Em um primeiro momento, o complexo de Cachoeira do Sul terá capacidade para produzir 100 milhões de litros de biodiesel ao ano. Se o mercado apresentar demanda, a unidade poderá aumentar sua capacidade em mais 40 milhões de litros anuais.

A relação de matéria-prima e fabricação de combustível da planta é de 88 mil toneladas de óleo de soja para a produção de 100 milhões de litros de biodiesel. Isso requer cerca de 450 mil toneladas de soja em grão. Além da soja, a usina de Cachoeira do Sul pode usar no futuro girassol, nabo-forrageiro, colza e a canola. Deverão ser utilizadas na produção de biodiesel em Cachoeira do Sul entre 20% a 30% de outras oleaginosas, além da soja. No entanto, Ferrés adianta que os desempenhos dessas oleaginosas precisam ser verificados antes da sua utilização. Para o dirigente, o que garantirá o sucesso do biodiesel é a obrigatoriedade do uso na fórmula do óleo diesel. A adição de 2% do produto no combustível fóssil implicará um mercado de consumo de 850 milhões de litros ao ano de biodiesel.

A população localizada no entorno das usinas de biodiesel aguarda ansiosa pelos empreendimentos. Essa é a constatação do prefeito de Rosário do Sul, Ney da Silva Padilha. O município será sede da usina da Brasil Ecodiesel. "Esses projetos dão preferência pela mão-de-obra local e por fornecedores da região", salienta Padilha. O complexo da Brasil Ecodiesel deve iniciar sua operação em março.

Neste ano, a unidade deve produzir 80 milhões de litros de biodiesel que já foram negociados. A capacidade total da planta é de 120 milhões de litros anuais. O investimento, somente na usina, é de em torno de R$ 20 milhões. O diretor presidente da Brasil Ecodiesel, Nelson José Côrtes da Silveira, destaca que o complexo poderá operar com soja, mamona e girassol. "O Rio Grande do Sul tem potencial para ser o maior produtor de girassol do País em dois anos", acredita Silveira.

Outra empresa que pretende implementar usinas de biodiesel no Rio Grande do Sul é a Petrobras. No entanto, os projetos da estatal ainda estão em uma fase de estudos de viabilidade técnica e econômica. Se forem concretizados, as construções desses empreendimentos deverão ser realizadas nas regiões de Bagé e de Palmeira das Missões.

(Por Jefferson Klein, Jornal do Comércio, 15/01/2007)
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