(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2007-01-15
Moradores da Ilha dos Marinheiros reclamam que a plantação de pínus nos Fundos da Ilha causou alterações negativas no ambiente da localidade, contribuindo para que uma lagoa secasse e cortando, com a construção de estrada, um cordão de dunas. A lagoa, localizada próximo da escola, era local de banho. Hoje, não tem mais condições de uso. Em seu interior, ficou um "colchão" de ramas. E, à sua volta, a terra está cheia de ramas e pinhas, não tendo mais suas características naturais e beleza.

Segundo contam alguns moradores, naquela área, com a água da chuva se formavam várias lagoas. Há mais ou menos 20 anos, quando a empresa Flopal comprou terrenos e iniciou a plantação de pínus, foram abertas várias lagoas, formando um canal, com o objetivo de deixar a área seca para a plantação de pínus. A medida, no entender dos moradores, alterou o ambiente do local e, com o tempo, as chuvas de inverno não conseguiram mais encher a lagoa próxima da escola.

“Era uma lagoa de água limpa, branca, e foi sumindo. As ramas dos pínus e as pinhas iam caindo nela. Era uma das poucas que não tinha sido ligada ao canal. Há 10 ou 12 anos se tomava banho nela. Era funda e grande na primavera. No verão, secava um pouco”, conta a professora Rúbia Graça Gonzaga. Além da lagoa, a água consumida pela população, proveniente do solo, que era cristalina, pura, foi prejudicada. Ficou amarelada e ruim. “Ali havia as melhores cacimbas. E a água acabou ficando com gosto ruim”, observou Rúbia.

Moradores também lembram que após os pínus crescerem e começarem a ser cortados, há mais ou menos três anos, ocorreram vários incêndios nos Fundos da Ilha, colocando em risco a população do local. A espécie também se alastrou para outras áreas, devido ao deslocamento das sementes provocado pelo vento. Hoje, há várias mudas e pínus já em desenvolvimento fora dos lotes definidos para esse plantio.

“Como estamos trabalhando no Plano de Manejo da Ilha, estamos tentando uma solução com o promotor (da Promotoria Especializada). Queremos que tirem o pínus que está se alastrando, que não serve para eles (empresa)”, disse Silas Freitas Theodoro. A estrada construída pela empresa sobre as dunas - coberta de cavaco de madeira, com licença da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), para facilitar o acesso dos trabalhadores e veículos da empresa para o corte dos pínus - também é lamentada por moradores.

Conforme Theodoro, são aproximadamente quatro quilômetros de estrada de cavaco de madeira cortando as dunas. O coordenador do Programa Costa Sul, professor Paulo Roberto Tagliani, da Furg, informou que o problema já foi levado ao promotor Francisco Simões Pires. Na última segunda-feira, houve uma reunião do Conselho Ambiental do Plano de Manejo da Ilha para tratar do assunto. O Programa Costa Sul é que elaborou o Plano de Manejo da Ilha dos Marinheiros.

Mobilização
O promotor não pôde comparecer à reunião, segundo Tagliani, mas está elaborando um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) a ser assinado entre o Ministério Público e a Flopal para resolução deste conflito. E enviou ao Conselho um rascunho do TAC para avaliação. O Conselho formou uma subcomissão para analisar o documento e, se necessário, aperfeiçoar. "O Conselho quer se posicionar neste TAC. Esse, no momento, é o principal problema ambiental da ilha", relatou Tagliani.

Conforme ele, os ilhéus querem a retirada total dos pínus, dentro de um prazo razoável; a retirada das invasoras (pínus que se alastraram); e a recuperação total do ambiente. O Conselho Ambiental é formado por dois representantes de cada setor da Ilha dos Marinheiros, por representantes da Prefeitura Municipal, Furg, Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema) e Sociedade Marinheirense de Desenvolvimento Sustentável.
(Por Carmem Ziebell, Jornal Agora, 15/01/2007)
http://www.jornalagora.com.br/site/index.php?caderno=19¬icia=26070

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -