Porto Alegre lança primeiro programa para coleta de pilhas e baterias
2007-01-15
Nesta terça-feira, 16/01, às 10h, o secretário municipal do Meio Ambiente, Beto Moesch, assina a primeira Licença de Operação para o recolhimento de pilhas e baterias, a ser realizado pelo Programa Real de Reciclagem de Pilhas e Baterias. O ato de lançamento, que contará com a presença do consultor socioambiental do banco, Vitor Hugo Kamphorst, será na sede da Smam (Avenida Carlos Gomes, 2120).
Trata-se de um projeto-piloto, com duração de um ano, que será implementado pelo Banco Real em 13 agências de Porto Alegre. A iniciativa também está sendo adotada nas cidades de João Pessoa e Campinas.
O projeto inclui a instalação de um “papa-pilhas” de 1,5m de altura junto aos terminais de auto-atendimento, onde os clientes poderão descartar pilhas usadas. “Pela primeira vez, é viabilizado um sistema de coleta desse material na cidade para posterior reciclagem e que faz parte da implantação de uma política de destinação adequada de resíduos perigosos”, afirma Moesch.
A escolha de Porto Alegre para a implantação do programa deu-se em função de uma pesquisa realizada pela professora Nivea Reidler, da Universidade de São Paulo, segundo a qual a capital gaúcha é considerada a cidade com maior consciência ambiental do Brasil.
De acordo com a licença, as pilhas coletadas serão transportadas para uma empresa recicladora em São Paulo. A expectativa é recolher cerca de 30 toneladas até o fim do ano.
Descarte correto
A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) avalia que o mercado brasileiro consome 1 bilhão e 200 milhões de unidades de pilhas por ano. Desse total, 800 milhões são originais e 400 milhões são ilegais. Apenas 1% da quantidade de pilha consumida é processada e tem um destino ambientalmente correto. Compostas de produtos químicos tóxicos e poluentes, as pilhas e as baterias podem vazar quando são descartadas em recipientes não-adequados. Para serem recicladas, as pilhas são queimadas em fornos industriais de alta temperatura, dotados de filtros que impedem a emissão de gases poluentes, obtendo-se assim sais e óxidos metálicos que são utilizados na indústria de refratários, vidros, tintas, cerâmicas e química em geral.
(Smam, 12/01/2007)
http://www2.portoalegre.rs.gov.br/cs/default.php?reg=70341&p_secao=3&di=2007-01-14