Durante dois anos, agrônomos e biólogos apoiados pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) percorreram as cinco regiões do Brasil em busca de espécies nativas com potencial nutritivo e econômico. As regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste foram “garimpadas” por mais de 500 pesquisadores para montar o projeto Plantas do Futuro. O governo destinou ao projeto R$ 1, 5 milhão.
Segundo o coordenador da área de Recursos Genéticos da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do MMA, Lídio Coradin, o objetivo do estudo é fazer com que a biodiversidade brasileira, que é muito vasta, seja melhor explorada. A fauna e flora do país representam de 15% a 20% de toda a biodiversidade mundial.
"A nossa diversidade vegetal é pouco conhecida, explorada e manipulada. Não há conhecimento da população para que as espécies nativas sejam aproveitadas na pirâmide alimentar”, afirmou Coradin.
As espécies foram divididas em 12 grupos de uso (decorativas, alimentícias, aromáticas e medicinais, entre outras) e por região. De acordo com Coradin, a intenção é fazer com que o país tenha informações sobre os costumes regionais. “Com potencial medicinal, foram priorizadas 99 espécies", disse ele, adiantando que ainda será feito um levantamento dessas plantas para que a população possa usá-las corretamente.
Coradin informou que o projeto Plantas do Futuro deve ser apresentado a empresários do setor agrícola nos próximos meses em busca de apoio para a iniciativa. Está previsto para o segundo semestre deste ano o lançamento de cinco publicações sobre os benefícios das plantas, cada uma representando uma região do país. Os exemplares serão distribuídos gratuitamente.
(Por Bárbara Lobato,
Agência Brasil, 12/01/2007)