Presidente da Fepam diz que mortandades já vinham acontecendo
2007-01-12
O presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Antenor Ferrari, disse nesta quinta-feira que os municípios estavam sendo alertados sobre a poluição no Rio dos Sinos, há muito tempo, mas nenhuma providência foi tomada. Em entrevista ao programa Gaúcha Repórter, Ferrari afirmou que pequenas mortandades de peixes vinham acontecendo ao longo dos anos.
– Os municípios do Estado estavam alertados, mas não tomaram providência. Somente agora deu esse escândalo tão grande porque o volume (de peixes mortos) chegou a quase 100 toneladas – disse.
Ferrari afirmou que em dias de baixa vazão, o rio tem mais água do sistema do Caí do que da própria Bacia dos Sinos. Segundo ele, os motivos serão investigados.
O presidente da Fepam também disse que o esgoto precisa ser tratado. Algumas medidas já foram tomadas. Os municípios receberam um prazo de seis meses para apresentarem projetos de saneamentos, por exemplo.
– Fazer o tratamento custa dinheiro. Mas não ter água é mais caro ainda – afirma.
Sobre a empresa Utresa, apontada como a principal causadora da mortandade no Rio dos Sinos, Ferrari informou que foram já apurados entre 40 e 50 crimes ambientais na companhia. Segundo ele, a cada dia são levantados novos fatos irregulares.
O presidente da Utresa, o empresário Luiz Ruppenthal, tem privão preventiva, mas está foragido.
– Só lamento que o empresário não tenha sido preso ainda. Ele teria muitas coisas para esclarecer – opina.
(ClicRBS, 11/1/2007)
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