WWF considera que plano energético europeu é “desadequado”
2007-01-11
A organização World Wildlife Fund (WWF) considera que o plano energético adoptado pela União Europeia é demasiado fraco e “desadequado” para uma estrutura que se quer tornar líder mundial no combate às alterações climáticas. A organização pede uma redução de 30 por cento das emissões, quando a UE se fica pelos 20 por cento.
Para a WWF, apenas “uma meta de 30 por cento até 2020 [a níveis de 1990], e um apoio aos países em desenvolvimento para que reduzam as suas emissões, pode evitar uma perigosa alteração do clima, ficando abaixo de um aumento de 2 graus nas temperaturas médias globais”.
Mas a organização ecologista internacional não está sozinha na exigência. Outros países, como a Alemanha – que assegura a presidência europeia nos próximos seis meses – mostraram-se adeptos da redução dos 30 por cento.
Este grupo de países – entre eles o Reino Unido, Suécia e França – espera um reforço da proposta europeia no Conselho Europeu em Março.
“Vamos precisar de novas formas de produzir energia, repensar a forma como os transportes estão organizados”, comentou Stephan Singer, responsável pelo grupo de Energia e Clima na WWF europeia.
Para Singer, o plano da Comissão Europeia “ainda dá muita importância aos gasodutos e oleodutos e a outras soluções técnicas e muito pouca às verdadeiras possibilidades de diversificar as fontes de energia, dando prioridade às renováveis e a uma maior eficiência”.
“O plano baseia-se nos custos em vez dos benefícios do combate às alterações climáticas. A Europa nunca será o líder na redução das emissões de gases com efeito de estufa se mantiver esta estratégia fraca”, acrescentou.
(Ecosfera, 10/01/2007)
http://ecosfera.publico.pt/noticias2005/noticia5920.asp