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2007-01-11
A geração de energia alternativa, a água e as monoculturas de florestas despontam entre as principais preocupações dos ambientalistas gaúchos no governo de Yeda Crusius. O Rio Grande do Sul, berço do movimento ambientalista brasileiro na década de 80, hoje novamente sofre com a poluição dos seus rios e com a possibilidade de a mata nativa ser devastada por monoculturas.

Lucia Ortiz, coordenadora da organização não-governamental Amigos da Terra, defende que o governo respeite as instâncias em que a sociedade civil participa. Um exemplo é o Conselho do Meio Ambiente, o Consema. Em 2006, ambientalistas e a Secretaria do Meio Ambiente de Porto Alegre lançaram um manifesto denunciando que o vice-governador Antônio Hohlfeldt substituiu a própria Amigos da Terra pela Associação Amigos da Floresta, entidade ligada ao setor madeireiro do Estado. Além disso, o governo demorou em empossar no Consema outras entidades ambientalistas que haviam sido indicadas.

"Esperamos que seja retomada a seriedade na política, que tem reflexo principalmente no fortalecimento do Consema, que é o órgão máximo de definição de políticas e foi bastante desligitimado nessa última gestão [do governo Rigotto]".

Rafael Altenhofen, coordenador executivo da União Protetora do Ambiente Natural (Upan), defende que as instituições ambientais do Estado sejam reestruturadas. Um ponto positivo destacado por Rafael foi a indicação da bióloga Vera Callegaro para a Secretaria do Meio Ambiente. Durante o governo Rigotto, a Sema teve quatro diferentes secretários.

"Requer incialmente o reaparelhamento dos órgãos responsáveis pelos órgãos responsáveis pela fiscalização ambiental. Já está provado que parte do desastre que ocorreu no Rio dos Sinos é devido à falta de estrutura das instituições governamentais. Mas também cabe a aplicação de políticas públicas mais eficazes, tanto para o meio ambiente quanto para a agricultura. Cabe à governadora trabalhar com a economia ecológica".

Sobre a atuação da Secretaria do Meio Ambiente estadual, Lucia, da Amigos da Terra, avalia que deve estar focalizada no combate ao aquecimento global e no incentivo à energia alternativa, substituindo a construção de hidrelétricas e de usinas de carvão por barragens menores e desenvolvendo a geração de energia pelo vento. A geóloga também critica a expansão da monocultura de pinus e eucalipto na região do Pampa Gaúcho, largamente incentivada pelo governo de Germano Rigotto. Ela reafirma que a Amigos da Terra irá trabalhar contra esse tipo de desenvolvimento colocado como solução para os problemas financeiros da Metade Sul do Estado.

"Estamos bastante preocupados que esse modelo de desenvolvimento possa acarretar a perda de biodiversidade, identidade cultural e disponibilidade de água desse bioma Pampa, tão importante e que só recentemente foi reconhecido pelo governo federal e deve ter programas de preservação", diz.

Rafael, da Upan, concorda com Lucia e afirma ainda que o novo governo deve priorizar a preservação da água. Para o biólogo, as sucessivas mortandades de peixes devido à poluição no Rio dos Sinos e as estiagens que afetam o Estado mostram que antes de se fazer projetos para a irrigação da agricultura, é necessário a criação de políticas públicas que recuperem os mananciais hídricos do Estado.

"Hoje, se trabalha muito na agricultura a questão que estamos passando por uma série de estiagens e cada vez irá aumentar devido ao processo de aquecimento global. Então não adianta primeiro pensarmos em políticas de irrigação antes de adequar a nossa cultura, os nossos cultivos, a essa situação. Há mais de 50 anos ouvimos que a solução para o Nordeste do país é a irrigação e nunca resolveu. O que resolve é a adequação de culturas para determinado clima", afirma.
(Agência Chasque, 10/01/2007)

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