Empresas chinesas investirão US$ 5,5 bilhões em biocombustíveis na Indonésia
2007-01-11
A China National Offshore Oil Corp. (Cnooc), a terceira maior empresa petrolífera chinesa, pretende se associar à PT Sinar Mas Agro Resources & Technology para investir US$ 5,5 bilhões em projetos de biocombustíveis na Indonésia. As duas empresas, juntamente com a Hong Kong Energy Ltd., vão investir no plantio de palmeira do dendê, mandioca e produtos agrícolas passíveis de serem empregados na produção de biocombustíveis em Papua e Bornéu, disseram as empresas em comunicado conjunto divulgado em Jacarta, na Indonésia. O investimento será feito ao longo de oito anos.
Os altos preços do petróleo, que triplicaram em relação às cotações de cinco anos atrás, estão estimulando o interesse por projetos de biocombustíveis, num momento em que os investidores procuram apostar em combustíveis renováveis. A China National Offshore deverá desenvolver combustíveis alternativos para atender à demanda crescente, declarou seu presidente, Fu Chengyu, em março do ano passado.
A empresa agroindustrial indonésia Sinar Mas vai começar a liberar áreas de cultivo em Bornéu no mês que vem para o empreendimento, disse ontem Gandi Sulistianto, diretor executivo da empresa, em entrevista por telefone. “Assim que as plantações estiverem prontas, pretendemos construir usinas para processar os produtos agrícolas para a produção de biocombustíveis”, disse ele.
A China National Offshore, a companhia holding da Cnooc Ltd., com ações negociadas na Bolsa de Hong Kong, assinou em julho do ano passado um acordo com a Bio Sweet Sdn. da Malásia para desenvolver biodiesel à base de azeite de dendê. Também ontem a China Life, maior seguradora do país, tornou-se a segunda maior do mundo em valor de mercado, ao lançar suas ações na Bolsa de Xangai, onde sua cotação disparou até dobrar o valor inicial, informou o jornal Shanghai Daily. Os lucros obtidos esta manhã permitem à China Life acumular um valor de mercado de US$ 129 bilhões, atrás apenas dos US$ 186 bilhões da americana American International Group, e à frente de concorrentes globais como ING, Allianz e Axa.
(Bloomberg, 10/01/2007)
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