Argentina é o segundo país produtor mundial de transgênicos
2007-01-11
Desde a introdução do primeiro cultivo geneticamente modificado (GM), em 1996, com a soja tolerante ao herbicida glifosato, a Argentina se transformou no segundo produtor mundial de transgênicos, atrás apenas dos Estados Unidos. Atualmente, com o acréscimo do milho e do algodão GM resistentes a insetos, são 17 milhões de hectares que adotam a biotecnologia.
Um trabalho realizado pelos pesquisadores Eduardo Trigo e Eugenio Cap, para o Conselho Argenbio (Argentino para a Informação e Desenvolvimento da Biotecnologia)- e apresentado ontem, em Buenos Aires - avaliou o impacto da adoção dos transgênicos na agricultura do país durante a última década. Os números do levantamento indicam que o impacto socioeconômico foi grande, resultando num retorno de mais de US$ 20 bilhões.
No caso da soja tolerante à herbicida, os benefícios acumulados de 1996 a 2005 alcançaram a marca de US$ 19.7 bilhões. Deste total, 77,45% ficaram nas mãos dos produtores rurais e 13,39% nos cofres do Estado, em razão da arrecadação de impostos e direitos de exportação (medida aplicada desde 2002). O restante foi distribuído entre fornecedores de sementes e herbicidas.
O milho resistente a lepidópteros representou, no período de 1998 a 2005, um acúmulo de US$ 481.7 milhões (43,19% para os produtores; 41,14% para os fornecedores de sementes; e 15,67% para o Estado). Finalmente, no caso do algodão transgênico com resistência a insetos, também de 1998 a 2005, o valor arrecadado é de US$ 20.8 milhões - sendo 86,19% para os produtores; 8,94% para as sementeiras; e 4,87% para o Estado. O estudo completo pode ser encontrado na íntegra no site www.argenbio.com.
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(JC, 10/01/2007)
http://www.jcam.com.br/materia.php?idMateria=44215&idCaderno=10