Setor de construção britânico se alista para as metas de carbono
2007-01-11
Construtoras, companhias de energia e grupos ambientais se reuniram na terça-feira (9) com a secretária de Saúde da Grã-Bretanha, Yvette Cooper, para discutir meios de tornar as moradias mais eficientes em relação ao meio ambiente. A reunião acontece na seqüência de um anúncio realizado em dezembro pelo governo de que o seu objetivo é tornar todas as novas residências neutras em carbono até 2016. A intenção é reduzir as emissões provenientes dos lares, que são responsáveis por 30% de todas as emissões do Reino Unido.
O encontro, organizado pela Federação de Construtores de Moradias (Home Builders Federation) estava focado em como as metas de carbono poderiam ser atingidas e quais as potencias barreiras que seriam enfrentadas pelos empresários. Em uma conversa antes da reunião, o presidente executivo da entidade, Stewart Baseley, disse: “a indústria de construção de residências aceita abertamente as metas ambientais do governo. No entanto, não pode alcançá-las sozinha”.
“Esse encontro de classe objetiva unir todas as partes, para que juntos, arregaçando as mangas, façamos a tarefa crucial de elaborar os detalhes para alcançarmos os mais altos padrões ambientais e, ao mesmo tempo, entregarmos esse passo de mudança na produção de moradias que o país tanto necessita”. A ministra Cooper diz que cada setor da economia precisa fazer sua parte para ajudar a cortar as emissões de carbono.
“Nós sabemos que será um desafio para todas as novas residências se adequar a emissões zero de carbono em dez anos, mas acreditamos que as indústrias podem colaborar com isso”, afirma a ministra. “É importante que governo e também construtores, prestadores de serviços de utilidade pública e conselhos locais trabalhem juntos para entregar as mudanças de que precisamos. “E ao melhorar a eficiência energética de nossas casas, iremos ajudar a reduzir a conta de combustível da população, assim como a cortar emissões de carbono”.
O governo britânico planeja classificar todas as novas casas por estrelas, para designar o grau de eficiência energética em cada construção. O máximo são seis estrelas, quando a casa produzir energia suficiente a partir de painéis solares, turbinas eólicas e outras tecnologias de pequena geração para suprir toda a necessidade de energia proveniente da grade de produção nacional.
As moradias com emissões zero de carbono também serão isentas por um selo de responsabilidade. Com as alterações, o governo diz que as emissões residenciais podem ser reduzidas em 7 milhões de toneladas ao ano até 2050.
(Guardian Unlimited/ CarbonoBrasil, 10/01/2007)
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