Muito se fala a respeito do lixo. A mudança de atitudes não é tarefa fácil. As alterações devem começar pelo conceito de "lixo". A tecnologia da reciclagem consiste em recuperar materiais já usados, transformando-os em novos. Vidros, plásticos, metais e papéis podem ser recuperados, com economia dos recursos naturais que podem se esgotar no planeta. Os rejeitos do processo industrial, comercial ou doméstico podem ser chamados de resíduos.
No Hospital Beneficente Santa Terezinha (HBST) são gerados todos os dias vários tipos de resíduos. Consciente da realidade institucional, a casa de saúde elaborou, em dezembro de 2004, o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde (PGRSS), que aponta as ações relativas ao manejo dos resíduos, observadas suas características. A ação contempla os aspectos referentes à geração, separação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como a proteção à saúde pública.
Resíduos de Serviço de Saúde (RSS) são gerados por prestadores de assistência médica, odontológica, laboratorial, farmacêutica, instituições de ensino e pesquisa médica relacionados tanto à população humana quanto à veterinária. Esses resíduos, de acordo com suas características, requerem cuidados específicos. A classificação dos RSS visa destacar a composição segundo suas características biológicas, físicas, químicas, estado da matéria e origem, para seu manejo seguro.
A classificação adotada segue o disposto no Regulamento Técnico para o Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde e resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
Destinação final
Os rejeitos produzidos pelo HBST recebem destinação adequada, específica a cada tipo.
Resíduos potencialmente infectantes: têm presença de agentes biológicos (vírus e bactérias infecciosas: curativos, gases, luvas, tecidos e órgãos e excreções). São recolhidos e armazenados em bombonas plásticas para acondicionamento, com coleta quinzenal por empresa terceirizada, credenciada para destinação destes. O HBST gera em média 300 quilos/mês.
Resíduos químicos: substâncias químicas tóxicas, reativas inflamáveis e corrosivas (lâmpadas, medicamentos vencidos, reveladores e filmes de raio X e esterilizantes). São armazenados de acordo com suas características. Também recolhidos por empresa terceirizada a cada 40 dias. Parte é reciclada e alguns são tratados para recuperação, como a prata contida nos filmes de raio X). São recolhidos em média 63 quilos/mês.
Resíduos comuns: não necessitam de processos diferenciados para seu descarte, como frascos plásticos, papéis, latas de alumínio, vidros e restos alimentares. São separados internamente no hospital como recicláveis e não-recicláveis, tanto nos setores como nos quartos e corredores. São encaminhados diretamente à coleta municipal diária. Os resíduos recicláveis (papel branco, latas de refrigerante, papelão, frascos e sacos plásticos) são vendidos para empresas de reciclagem a cada 15 dias. Eles somam cerca de 360 quilos/mês e os não-recicláveis 1,5 mil quilos/mês.
O material perfuro-cortante - instrumentos capazes de cortar ou perfurar, como seringas, agulhas, bisturis, ampolas e vidros quebrados - é armazenado em caixas específicas para este fim, localizadas nos postos de enfermagem, bloco cirúrgico e ambulatório. O recolhimento é mensal, realizado por empresa terceirizada que dá a destinação adequada. Esse tipo de resíduo representa em média 82 quilos/mês.
O HBST investe cerca de R$ 9 mil por ano no programa de gerenciamento dos resíduos. O hospital considera importante a preservação ambiental e por essa razão investe na reciclagem e na destinação adequada dos resíduos gerados nos serviços de saúde.
Neste sentido faz um apelo a toda comunidade para se engajar na separação dos resíduos, visando a reciclagem. Com a mudança de atitude o meio ambiente será sendo beneficiado e todos ganham, com mais qualidade de vida.
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O Informativo, 10/01/2007)